Comunidade pede solução para área invadida
Invasores abriram uma estrada de acesso à Rua Avestruz

 

Uma mega invasão que tomou conta de uma extensa área localizada na esquina das ruas Avestruz e Coleiro, no Jardim Industrial, está preocupando as comunidades no entorno. A preocupação dos moradores está na grande quantidade de árvores, entre elas pinheiros araucária, que estão sendo derrubados para que as casas possam ser levantadas.

“Além de derrubar as árvores, os invasores estão construindo suas casas ao redor de um córrego que existe no terreno. Já tem mais de 100 casas lá e ninguém faz nada pra conter essa invasão”, disse um morador. Ele comentou ainda que os ocupantes da área abriram uma via de acesso entre o terreno e a rua Avestruz, sem autorização da Prefeitura.

“Ouvimos dizer que parte daquela área pertence à empresa Cibraco e outra parte é área de preservação ambiental que pertence ao Munícipio. Esta parte que é do Município é que estaria sendo invadida. Também ouvimos comentários que existe uma ordem judicial para reintegração de posse daquela área desde o ano passado, o problema é que ninguém executa essa ordem. Ali existem muitos pinheiros e os invasores estão erguendo seus barracos embaixo deles, isso quando não os derrubam”, comentou outro vizinho.

Área particular

De acordo com as secretarias de Urbanismo (SMUR), de Meio Ambiente (SMMA) e com a Companhia de Habitação de Araucária – Cohab, a área em questão fica em um terreno particular, portanto a responsabilidade é do seu proprietário.

Ainda conforme a SMUR, em maio o Departamento de Fiscalização aplicou um auto de infração ao proprietário por parcelamento irregular do solo, mas o notificado ainda não se manifestou. A SMMA também autuou a empresa proprietária da área, pela construção de casas em área de preservação permanente. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, a área do imóvel invadido é de aproximadamente 65 mil m². É importante lembrar que os proprietários da área conseguiram desde 2009 um mandado judicial de reintegração de posse, porém ainda não foi cumprido pelo Estado.

 

Texto: Maurenn Bernardo / Foto: Everson Santos