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Conheça um pouco da história centenária do Araucária Futebol Clube

Foto: Raquel Kriger
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Um século de confrontos, com muitas vitórias e derrotas, define a trajetória do Araucária Futebol Clube. No próximo dia 24 de julho, o “Fantasma da Baixada” vai comemorar o seu centenário, e nesse ano em que também comemoramos os 134 anos de Araucária, vamos conhecer um pouco da história do clube mais antigo da cidade. Voltamos ao ano de 1909, com a chegada na cidade do primeiro juiz distrital, Dr. Pedro Nolasco Pizzatto. Dez anos depois, em 1919, o seu filho, Esteliano Pizzatto, junto com outros cidadãos araucarienses, fundaram o extinto Iguassu Sport Club. E em 1924 eles decidiram fundar o Araucária Futebol Clube, tendo à frente dessa missão Esteliano Pizzatto, Abilio Fruet, Octavio Balão, Pedro Nolasco Pizzatto, Targino Silva, Hanibal Silva, Juvenal Pizzatto, Manoel Correia, João Machado Lima, Cezar Fruet, Abilio Fruet, Aristides França, Angelo Rigolino, Dr. Francisco Trauczynski, Félix da Silva, Aristides Ferreira, Michel Tirka, Alfredo Voss, Antonio Candido do Nascimento, Atilio França, Narciso Chichon, Ilírio Alves Pinto, entre outros. O estádio que abrigava a sede do time, construído em 1924, foi então batizado de Pedro Nolasco Pizzatto, em homenagem ao juiz, já falecido.

No ano em que o time foi fundado, Araucária era uma cidade pacata, com poucos espaços de lazer, o futebol, os banhos no Rio Iguaçu, as pescarias, as caçadas, as corridas de cavalos e jogos de bocha eram as principais atividades de entretenimento. Para compor esse cenário, a ideia dos fundadores era criar um clube onde os jovens pudessem ter mais uma opção para se reunir e se divertir. Mas também havia a forte intenção de formar jogadores para futuramente jogar em clubes profissionais. Com o passar dos anos, o objetivo se cumpriu e vários jogadores do Araucária FC se destacaram no futebol profissional.

Um exemplo são os irmãos Esteliano Pizzatto e “Pizzattinho” que em 1926 foram jogar no Coritiba FC, como atletas profissionais. Mais tarde o Araucária cedeu os jogadores Acir Torres, Rubens Huttner, Luiz Henrique, entre outros, que também se tornaram atletas do profissional.

Uma galeria de títulos

O atual presidente, Edegar Luiz Hüttner (Vaquinha), faz questão de lembrar que ao longo desses 100 anos o clube participou de várias competições e trouxe inúmeras conquistas à cidade, se destacando nas categorias adulto, juniores, aspirantes e veteranos. Segundo ele, uma das conquistas mais conhecidas foi a que rendeu ao time o apelido de “Fantasma da Baixada”, na década de 30, por ter vencido times profissionais do estado como Atlético Paranaense, Coritiba Foot Ball Clube e os extintos Britânia e Primavera.

Conheça um pouco da história centenária do Araucária Futebol Clube
Acervo Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres

“Nós sempre fomos um time amador de qualidade, e assustamos esses grandes nomes do futebol estadual. Na época, também enfrentamos equipes amadoras de renome como Jardim Iguaçu, Guajuvira, Contenda, União da Lapa, Fanático de Campo Largo, Internacional de Campo Largo, Trieste, Iguaçu de Santa Felicidade, Capão Raso, entre tantos outros clubes da suburbana da capital”, relembra.

Vaquinha também menciona que entre as vitórias marcantes na história do clube está o título de campeão do 1º Campeonato de Amadores da cidade, que aconteceu em 1964, com a participação de 12 times. Além desse, merecem destaque o Torneio Início de 1976 e a participação em séries profissionais de 2002 a 2005. “O Araucária FC conquistou ainda a Primeira Divisão de Amadores em diversas outras ocasiões e não podemos esquecer que nosso time de juniores foi campeão da Taça Paraná em 1999”, acrescenta o presidente.

Conheça um pouco da história centenária do Araucária Futebol Clube
Acervo Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres

Sempre em boas mãos

Ao longo das décadas, o Araucária FC teve no seu comando muitos líderes dedicados, que impulsionaram o nome do time, entre eles o saudoso desportista Tião Callado, que foi presidente do clube por várias gestões. Incluem-se nessa lista o presidente Rodrigo Pereira Gomes, diretores como Olirio Schluga, Ilirio Pinto, Joval de Paula Souza, Jean Becue, Otavio Galise, e atletas notáveis como Iolando Camargo, Ibrahim Mansur, Antonio Carlos de Almeida Torres, Delosmar Fruet, Acir Torres, Walmir Gome, Rubens Huttener, Aristides Ferreira, Alceu Galize, Inácio Mikoz, e tantos outros.

Na diretoria atual do clube, que foi eleita em janeiro de 2022 para um mandato até janeiro de 2026, estão os seguintes membros:

Presidente de Honra – Gilson Pedro Karas
Presidente – Edegar Luiz Hüttner
Vice-presidente – Rubens Padilha
Secretário Geral – Enio de Matos Vermelho
1º Secretário – Karen Gisele Pereira
2º Secretario – Paulo Cata Preta Guimarães
1º Tesoureiro – Helton Alves da Silva
2º Tesoureiro – Andre Luis da Silva
Orador – João Alceu de Souza Rodrigues
Diretor de Campo – João Maria Pereira
Diretor Esportivo – Adriano Reinaldo Pereira
Diretor de Futebol – Sezino Basso Neto
Guarda Esporte – José Vidal Martins
Supervisor Técnico – Alfredo Lima da Cruz
Diretor de Marketing – Renato Bege
Diretor de Patrimônio – Jaime Brun
Diretor Social – Moacir Cezar Ferreira da Silva

Que venham mais 100 anos!

Edegar Luiz Hüttner, atual presidente do Araucária FC, expressou toda sua gratidão pela dedicação de todas as pessoas que fazem parte da trajetória do Araucária FC. “Dediquei mais de 40 anos como jogador exclusivo do Araucária e também conquistei títulos em 1976, 1978, 1979, 1988 e 1989. Hoje venho destacar a alegria de levantar a taça de campeão e poder comemorar este centenário junto com todas as demais pessoas que ajudaram a escrever essa história”, conta.

Sobre o futuro do clube, Vaquinha diz que o Fantasma da Baixada está sempre buscando meios de incentivar a prática do futebol entre crianças e jovens. Para isso, desenvolve vários projetos voltados às suas categorias de base sub 15 e sub 17. “Temos planos para o futuro, pretendemos investir mais nas categorias de base, formar parcerias com clubes profissionais para desenvolver atletas e continuar representando os velhinhos nos campeonatos cinquentinha e sessentinha”, afirma.

Edição n.º 1401