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Consumidores reclamam ter dificuldades com cardápios em QR-Code

Consumidores reclamam ter dificuldades com cardápios em QR-Code

O cardápio em QR Code ou Código de Resposta Rápida, na tradução literal, uma modalidade que ganhou força durante a pandemia, época em que manipular cardápios impressos oferecia risco de contágio do vírus da Covid-19, permanece até hoje e tem provocado reações contrárias por parte de alguns clientes. O problema é que os cardápios virtuais exigem que o cliente tenha um smartphone e internet disponível, o que nem sempre ocorre. Além disso, algumas pessoas, principalmente as idosas, têm dificuldades com a tecnologia.

Em Araucária, clientes tem reclamado dos cardápios em QR-Code, disponíveis em alguns estabelecimentos gastronômicos. “Com o cardápio físico conseguimos olhar junto com o colega da mesa e decidir juntos o que vamos pedir, com o digital isso fica mais complicado. O cardápio digital também exige que a gente esteja sempre com internet disponível e isso nem sempre é possível”, disse uma consumidora.

“Com o cardápio digital precisamos ficar concentrados no que vamos pedir, principalmente se estivermos com fome, e com isso acabamos perdendo um pouco a noção do que está acontecendo à nossa volta. Para evitar problemas, o ideal é olhar o cardápio digital e se decidir rapidinho, não dá pra perder muito tempo, e isso nem sempre é legal”, diz outro consumidor.

Para que não haja exclusão de nenhum cidadão, a orientação do Procon Araucária é de que os estabelecimentos disponibilizem também a opção do cardápio impresso, de maneira que seja garantido aos clientes o amplo acesso a informações sobre os produtos, em conformidade com o que estabelece o Código de Defesa do Consumidor.

“O CDC não veta que os estabelecimentos utilizem o cardápio em QR-Code, porém é um direito básico do consumidor ter acesso a todas as informações sobre os produtos. Então, se a tecnologia do QR Code não está atendendo a todos, os estabelecimentos precisam oferecer uma segunda opção. Por exemplo, quando a pessoa está sem o celular, tem que haver o cardápio físico, para evitar prejuízos aos consumidores. Ainda temos a questão dos clientes idosos ou deficientes que tem dificuldades com a tecnologia ou aquelas pessoas que não tem hábito de usar o celular”, explica Cleber Soczek, diretor do Procon Araucária.

Edição n. 1363

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