O Dia de Luto e de Luta dos Professores de Araucária incomodou e muito a administração municipal. Uma prova disto foi o panfleto elaborado pela Secretaria de Comunicação e distribuído nas imediações da Prefeitura, onde ocorria a manifestação do magistério.
O panfleto provocou risos entre os manifestantes. Falava dos “investimentos” da administração municipal nas escolas. Dizia que os salários estavam em dia, como o pagamento das promoções e progressões. E que era a hora de comemorar conquistas. Quais conquistas?
Pagamentos das promoções e progressões atrasadas desde janeiro de 2013. Prédios de escola municipais entregues para o Estado. Professores adoecendo e nenhuma politica de prevenção de saúde do servidor. Escolas sem recursos descentralizados. A previsão de extinção da corregência. Difamações públicas de membros do alto escalão do governo. Comissões paradas. Nenhum avanço em direitos dos servidores. Culpa do Sindicato? Ordem do Tribunal de Contas?Impedimento legal? Ou desculpa de quem não quer o melhor pra educação e para os professores?
As escolas aderiram ao movimento definido pela assembleia da categoria. Instalaram o banner produzido pelo sindicato em cada unidade de educação, tiraram fotografia e postaram em redes sociais. Assim, toda a cidade viu a grande adesão da categoria ao protesto.
Mas a administração municipal tentou calar os protestos. O prefeito ordenou a retirada das faixas das escolas, em que estava dito que Trabalhadores em educação merecem respeito. Qual o problema? Na Escola Pedro Biscaia pularam o muro para arrancar o bancar. Conseguiram anotar a placa do celta branco. O carro pouco tempo depois estava estacionado na garagem da Prefeitura.
Por fim, outra demonstração de autoritarismo cego e sem sentido foi sinalizada pela secretária de educação Janete Schiontek. Quando os servidores chegaram na Smed para entregar a coroa de flores, foram recepcionados por um grupo de policiais militares.
Ficamos chocados, indignados e decepcionados com a postura do governo que recebeu os professores no dia 15 de outubro, com policiais armados com metralhadoras. Medo dos trabalhadores da educação ou vergonha de não ter como justificar as nomeações de cargos comissionados e parentes, enquanto não paga o que nos deve?
Texto: Diretoria do SISMMAR