Pesquisar
Close this search box.
[the_ad id='140098']

Divisão da oposição pode favorecer reeleição de Zezé

Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email

Embora não venham sendo divulgadas, os partidos políticos de Araucária têm realizado diversas pesquisas de opinião a respeito da intenção de voto para prefeito do eleitor local no pleito do ano que vem. Nestas mesmas enquetes, tem sido avaliadas o nível de aprovação da atual administração, sendo que o resultado mostra que a população não parece muito contente com a forma como a cidade vem sendo gestada.

A notícia, aparentemente ruim para o prefeito Albanor José Ferreira Gomes (PSDB), pode, na verdade, favorecê-lo numa provável campanha de reeleição à Prefeitura no ano que vem. Acontece que o descontentamento do eleitorado araucariense tem feito brilhar os olhos de muitos políticos locais, que passaram a acreditar na chance de ficar com a cadeira hoje ocupada por Zezé. Para se ter uma ideia, mais de um ano antes das eleições, já são cinco os pré-candidatos a prefeito que – em tese – podem ser classificados como de oposição: além do ex-prefeito Olizandro José Ferreira (PMDB), tido por muitos como o adversário natural de Zezé em 2012, também aparecem como prováveis candidatos o empresário Hissan Dehaini (PPS), o vereador Rui Sérgio Alves de Souza (PT), o ex-prefeito Rizio Wa-chowicz (PSB) e o empresário Eliceu Palmonari (PSC).

Quem acompanha a política araucariense conjectura que se tantos candidatos realmente efetivarem a sua candidatura, dificilmente alguém tirará a reeleição das mãos de Albanor, que deve sim tentar seu quarto mandato. E a explicação para isso é simples: acontece que naturalmente, o candidato que está no poder já entra na campanha com diversas vantagens. Entre elas, centenas de cargos em comissão que se tornam leais cabos eleitorais, outras centenas de funcionários efetivos detentores de algum tipo de vantagem na Prefeitura, o que os torna normalmente defensor es da administração que os está beneficiando, além – claro – da estrutura da máquina pública, capaz de favores inconfessáveis em período eleitoral. Do mesmo modo, o candidato à reeleição possui maior facilidade na arrecadação de doações para a campanha, seja de empreiteiras ou pessoas físicas.

Como não poderia deixar de ser, as vantagens de quem está no poder resultam naturalmente em votos. Estima-se que por mais desgastada que esteja uma administração, ela ainda arremata, de cara, 25% do eleitorado. Isto, num cenário com seis candidatos, é mais do que meio caminho andado para à reeleição.

Outro ponto que pesa a favor de Zezé é o fato de não termos segundo turno em Araucária, graça concedida somente a cidades com mais de duzentos mil eleitores. Logo, o vencedor do pleito não precisa somar cinquenta por cento mais um dos votos válidos para se eleger já no primeiro turno.