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Donos de animais de grande porte devem mantê-los longe do estresse para evitar fugas

Donos de animais de grande porte devem mantê-los longe do estresse para evitar fugas
Foto: Divulgação

Por mais que algumas pessoas sejam cuidadosas com seus animais de estimação e propiciem a eles um ambiente seguro e longe de estresse, há aquelas que não garantem uma estrutura adequada, submetendo seus pets a situações estressantes. Esse é um dos principais motivos pelos quais os cães fogem, além, é claro, das fugas provocadas pelo descuido dos donos, que às vezes esquecem o portão aberto.

Fuga motivada pelo estresse ou por um portão aberto, o fato é que há cerca de um mês, um morador do bairro Campina da Barra foi atacado por vários cães, todos pertencentes a um mesmo dono, e precisou ser hospitalizado. Segundo informações, a vítima possui deficiência e estava na vizinha quando algo teria assustado os cachorros. Ele não conseguiu se locomover e os animais o atacaram.

Bastante machucado, o homem foi encaminhado ao Hospital Municipal de Araucária e ficou alguns dias internado, onde tomou todas as vacinas, foi monitorado e se recuperou. Os cães também foram monitorados e verificou-se que nenhum possuía raiva. “Esses animais não eram de rua, eram todos pertencentes a uma vizinha e acabaram escapando não se sabe por qual motivo”, disse uma moradora.

Ainda de acordo com informações, dias depois de receber alta, a vítima do ataque voltou a ser internada no HMA, e em princípio suspeitou-se que seria por alguma complicação devido às mordidas que levou. No entanto, conforme as informações, o motivo da segunda internação foi um quadro de pneumonia.

Principais causas que levam cães a escapar

Tédio: quando não conseguem gastar toda energia que têm, cães tendem a ficar mais ansiosos. Isso pode estimulá-los a explorar o mundo além dos limites que ele conhece.

Necessidade de caça: alguns cães podem ter seu instinto de caça muito aguçado. Se isso se somar a uma personalidade exploradora, ele pode querer sair em busca de aventura.

Maus-tratos: sofrer algum tipo de violência pode estimular um desejo de fuga, mesmo que essas agressões não venham de seu dono.

Cio: machos podem farejar nas proximidades alguma fêmea no cio e sentir o impulso de ir atrás dela.

Território: o instinto natural de muitos cães é de ter o maior território possível. Assim, sentem-se muitas vezes impulsionados a sair e ampliar esse espaço.

Curiosidade: busca por novos alimentos, descobrir novos companheiros ou mesmo rivais, explorar territórios. A curiosidade é outro aspecto natural dos cães e um fator que os leva a querer ir além dos seus limites.

Mudança: ao chegar a uma casa nova ele pode sentir impulso de sair à procura da casa antiga.

Como evitar fugas

A primeira coisa é identificar se seu cão tem essa ansiedade de ir além dos seus limites, seja tentando sair pela porta/portão, seja tentando ir além dos limites da guia durante um passeio. Para evitar que seu cãozinho escape, a ação mais efetiva é bloquear possíveis pontos de fuga. No caso de raças pequenas, é necessário o uso de telas em portões e grades, já que eles têm facilidade de atravessar vãos estreitos.

Em residências com alta frequência de entrada e saída de pessoas, a dica é instalar um segundo portão, daqueles removíveis e fáceis de ajustar em qualquer porta. Se o cão tem dificuldade em obedecer às suas ordens, é bom não sair para passear sem coleira e guia. A castração é também um fator importante, pois com ela diminui o ímpeto de exploração, especialmente quando o estímulo vem do cio.

No caso de animais mais teimosos, vale investir no adestramento. Estabelecer limites próximos ao portão, provocar o cão a ultrapassar esse limite com brinquedos e recompensá-lo sempre que ele obedecer à ordem de ficar.

Edição n.º 1432.

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