Em 23 de março de 1988 a revista “Veja” anunciava na capa reportagem sobre o governador de Alagoas, Fernando Collor de Mello, atribuindo-lhe o título de “Caçador de Marajás”. Os chamados “marajás” eram funcionários públicos que, por meio de processos fraudulentos, acumulavam vencimentos e benefícios exorbitantes. A rede globo completou o trabalho e o homem chegou a presidente da república de verde e amarelo em 1990. Até que o irmão Pedro Collor acabou com o encanto e a farra do ídolo de pé de barro, que virou pó, como na bíblia. Collor tinha um testa de ferro que achacava os empresários, e os caras pálidas de verde amarelo completaram o serviço.
Agora, 35 anos depois, 27 de março de 2023, a peça se repete e foi a vez do ex advogado da Odebrecht, Rodrigo Tacla Duran, contar que sofreu achaque de 5 milhões de dólares de Moro e companhia Lavajateira verde amarela. Devastador. Assim, devemos qualificar o depoimento do achacado na 13.ª Vara Federal de Curitiba na frente do juiz Eduardo Appio, herdeiro dos processos da Lava Jato. O homem tem comprovantes de sinal de extorsão no valor de 613 mil dólares depositados na conta do padrinho de casamento do Moro e Rosangela, o também advogado Zucoloto. Muita coisa vai rolar porque quando o navio ta afundando a rataiada sai do porão.
Enquanto o povo acreditar que a mídia é boazinha, imparcial e não tem lado, verdadeiros salvadores da pátria aqui irão florescer, mantendo o povo sempre refém da manipulação verde amarela.
Em 1964 era Tradição, Família e Propriedade, agora foi Deus, Pátria e Família. Foi assim com Color, foi assim com Moro. Sempre Rede Globo. Sempre com discurso do anticomunismo.