Uma das matérias mais interessantes que publicamos em nossa edição anterior foi aquela que publicizava os achados mais recentes do CENSO 2022, principalmente com relação ao número de domicílios existentes em Araucária e sua destinação.
Como esperado, a matéria gerou grande repercussão nas redes sociais, com dezenas de comentários acerca do tema. Esse engajamento que o tema gerou, embora salutar, acabou resultando também em análises nada aprofundadas por parte de alguns internautas.
Muito possivelmente os responsáveis por esses comentários mais rasos sequer tenham lido a matéria e formaram seu achismo apenas com base no título da notícia. Algo muito perigoso.
E perigoso porque, como sabemos, o título sintetiza o conteúdo que vem a seguir, mas não o sentencia. Até porque se o sentenciasse, desnecessária seria a matéria. Para o jornalismo profissional, aliás, um dos maiores desafios dessa urgência em opinar trazida pelas redes sociais é justamente sensibilizar os analistas de títulos de que ler a matéria até o fim é vital para não confundirmos “lé com cré”.
Na matéria em questão, por exemplo, trouxemos as mais diversas informações para que a comunidade local entenda um pouco mais a cidade de Araucária. É importante para o exercício da cidadania plena conhecer as características de nossa sociedade. Quantos domicílios temos e por consequência a média de moradores por residência. Saber quantas instituições de ensino estão instaladas aqui, bem como estabelecimentos de saúde. E, da mesma forma, a quantidade de estabelecimentos religiosos e onde eles estão, já que o exercício da fé é sim um dos pilares da evolução humana.
Então, fica o convite para que continuemos a exercitar a liberdade de expressão a duras penas conquistadas pela nossa sociedade. Mas fica o convite também para que busquemos entender o conteúdo disponibilizado para só então comentar. Isso, com certeza, evitará muitos dissabores virtuais.
Pensemos todos nisso e boa leitura
Edição n.º 1403