Os tempos políticos intensificam os ânimos, geram divisões sociais, confrontos de opiniões, e até mesmo “cadeiradas” entre colegas políticos. Independentemente do cenário caótico que os palanques partidários nos proporcionem, meu conselho espiritual é claro: Jejue nas palavras e nos julgamentos! A guerra pode ocorrer ao seu redor, mas não dentro de você. Quando penso em um líder espiritual e emocional, lembro de Cristo, mestre no exemplo e no silêncio. Isso não significa que ele não assumisse posições sobre o que acreditava, mas a forma como expressava essas verdades, sem comprometer sua integridade, era notável.
Vozes de todos os lados podem agora ecoar em seus ouvidos: “Com quem você está nesse pleito?” Antes de se sentir pressionado a responder, elimine essa voz questionadora sem deixar vestígios em sua mente! “Vando, vou cometer crimes durante as eleições?” A solução seria silenciar as vozes no Rio Passaúna até fazê-las gargarejar? Definitivamente, não! A solução está em ouvir a sua verdade interior, pois o único “palanque” que realmente pode lhe trazer bênçãos ou maldições é o da sua própria vida.
A trajetória de Jesus nos conta que, antes de ser morto, ele foi levado ao sinédrio — um tribunal religioso/político da época —, à presença de Pôncio Pilatos, o governador romano. Lá, foi questionado diversas vezes: “Você é o filho de Deus?”; “Você faz milagres?”. Imagino que Cristo, ouvindo tantas perguntas sobre quem ele era, deve ter pensado: “O que mudará na vida dessas pessoas se eu disser que sim? Eu sou o que sou, e minhas obras falarão por mim para sempre. O cego que voltou a enxergar, o manco que andou saudavelmente, o faminto que se encheu de fé — o tempo revelará quem sou.” E assim, ele respondeu às perguntas com o silêncio. A sentença de morte já estava no coração de quem o interrogava, e palavras não mudariam o resultado!
Hoje, quem insiste em saber com quem você está pode ainda não entender a grandeza de Cristo, que é estar unicamente dentro da sua verdade pessoal. Opiniões mudam, cadeiras voam em debates políticos, mas ninguém pode negar o legado de suas próprias ações. O tempo é o senhor de tudo. Portanto, não perca o sono ou a paz por conversas que ecoam como panelaços.
O silêncio e a ausência de julgamento são formas de permanecer centrado em si mesmo. Aos candidatos políticos de hoje, cabem nossas preces e orações, para que aqueles que assumam posições legislativas ou executivas compreendam que a população espera boas obras, e não apenas bons discursos. O lado em que estamos deve ser a nossa verdade interior! Desejo a todos uma semana de jejum de palavras e julgamentos. Sigam-me no @tarodafortuna.
Edição n.º 1433.