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Fim das escolas especiais de Araucária

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Araucária possui duas escolas de atendimento especializado. Escola Joelma do Rocio Túlio e Escola Agrícola Padre Anusz. Ambas atendem estudantes que, por suas múltiplas e complexas deficiências, ainda não conseguiram realizar o processo de inclusão numa escola regular.

Todos sabem a precariedade das nossas escolas públicas. Superlotação, a falta de infraestrutura adequada, falta de profissionais e recursos. Até mesmo falta de profissionais de apoio aos estudantes que foram inclusos. Muitas vezes estagiários cumprem essa tarefa em algumas unidades. O que dificulta que os alunos inclusos recebam o apoio adequado. Muitos acabam desistindo ou reprovando.

O Ministério da Educação determinou a obrigatoriedade de que todos os alunos estejam matriculados em escolas regulares e excluiu a possibilidade de existência de escolas e classes especiais, independente da deficiência ou de seu grau de complexidade. Há muita polêmica sobre esse assunto e diferentes opiniões de especialistas, professores e famílias sobre o fim das escolas especiais.

Durante cerca de dois anos, os debates sobre as escolas especiais foram intensos. Tanto pais, quanto profissionais foram surpreendidos com a decisão tomada no mês passado de cessação de atendimento desses locais e a transformação da nomenclatura para Centros de Atendimento Especializado.

A Escola Joelma já funcionava como Centro de forma parcial. A mudança intempestiva ocasionou confusão, devido ao processo eleitoral que deve ocorrer nas escolas e cmeis municipais. Ao ser transformado em Centro, o diretor ou diretora passa a ser indicado pelo Prefeito Municipal. O Ministério Público precisou intervir para garantir a realização das eleições nesses locais.

Na Escola Agrícola a situação é ainda mais atrapalhada. Segundo a administração, os estudantes serão transferidos para o Centro de Convivência no bairro Iguaçu, em atendimento ao pleito de algumas mães dos estudantes, que julgavam muito ruim a escola funcionar em área rural, longe do centro e dos demais atendimentos. A noticia pegou todos de surpresa, uma vez que sequer o Conselho Escolar daquele local foi consultado.

A Prefeitura publicou um ato cessando as atividades desses locais na data de 30 de outubro. Porém os alunos e profissionais continuam lá. É como se o prefeito fechasse um hospital com os pacientes lá dentro, afirmou o promotor Davi Kerber à Secretária Janete. O Conselho Municipal de educação precisa autorizar a cessação das atividades e isso sequer foi debatido pelo órgão em reunião plenária.

Mais uma vez incompetência e desrespeito marcam a gestão de Olizandro e a trupe dirigente da Smed. Decisões intempestivas que desconsideram as pessoas é uma prática infelizmente, recorrente. Só podemos torcer para que essa gestão acabe logo. Por que pior do está, com essa administração, sempre pode ficar!