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Mais de 1.400 bebês nasceram em Araucária durante a pandemia da Covid 19

Foto: divulgçaão
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Entre março de 2020 a janeiro deste ano, em plena pandemia da Covid-19, 1.487 nascimentos foram registrados em Araucária, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. O mês de fevereiro ainda não foi computado. Desse total, 704 gestantes fizeram cesáreas e 783 partos normais. Mesmo em meio ao caos gerado pela crise mundial na saúde, o nascimento dessas crianças trouxe alegria e esperança para muitas famílias. Muitos casais haviam planejado a chegada de um filho, outros foram pegos de surpresa com a gravidez. Eles jamais poderiam imaginar que passariam por um cenário de medo e insegurança por conta dos perigos de contágio pelo novo vírus.
Além dos desafios normais que fazem parte da maternidade, a crise sanitária também exigiu das futuras mamães uma preocupação redobrada. Incluídas nos grupos de risco desde o começo da pandemia, elas tiveram um pré-natal cercado de cuidados, com uso obrigatório de máscaras, álcool em gel, e principalmente o distanciamento social, fazendo com que permanecessem mais tempo em casa, saindo apenas para consultas, exames e outras necessidades urgentes.

A moradora do Jardim Israelense, Adriana Goreti Gonsalves, 42 anos, teve o quarto filho durante a pandemia e vivenciou bem essa situação. Ela teve uma menina, que nasceu no último dia 9 de fevereiro, de cesárea. A gravidez não foi planejada, por isso, todo cuidado necessário por conta da pandemia precisou ser seguido à risca. “Meu pré-natal foi bem seguro, não posso reclamar de nada. Fiz acompanhamento no grupo de gravidez de alto risco e todo mundo cuidou muito bem de mim. Minha bebê nasceu de uma cesárea de emergência, ficou 10 dias internada na UTI Neo Natal, e recebeu todo cuidado possível. Nós duas fomos muito bem tratadas por toda a equipe do Hospital Municipal de Araucária”, disse.

Além da cesárea, Adriana fez uma laqueadura, mas contou com a ajuda do marido e das filhas, que se revezavam como acompanhantes, para poder ajudá-la. “Na UTI só eu podia entrar por causa das restrições, mas meu marido acompanhou a cesárea e viu o rostinho da bebê no momento em que ela nasceu. Minhas filhas só foram conhecer a irmã após a alta hospitalar. Os demais familiares a conheceram bem depois, porém sempre tomamos muito cuidado, porque sabemos que o perigo de contaminação do vírus ainda nos ronda”, comentou.

Tayná Chagas Nascimento, 31 anos, moradora do bairro Fazenda Velha, também ganhou um bebê durante a pandemia. Sua primeira filha nasceu no último dia 9 de janeiro, de cesárea. “Eu tive um pré-natal tranquilo, tomei todos os cuidados, e não fiquei com medo, porque todos estavam se prevenindo, em momento algum senti que estava em risco”, conta. Tayná também não planejou a gravidez, pelo menos não para agora, no período de pandemia. “Fui pega de surpresa. Ficar grávida em um momento em que o mundo inteiro enfrenta uma crise na saúde foi um desafio enorme, mas graças a Deus correu tudo bem. Meu marido ficou comigo o tempo todo, acompanhou minha cesárea, me ajudou a cuidar da bebê desde os seus primeiros minutos de vida. Isso me deu muita segurança”, relata.

A moradora do Fazenda Velha disse ainda que a bebê não está recebendo visitas, por questões de segurança. “Sabemos que muitos gostariam de conhecê-la, dar um abraço em mim e no meu marido, mas estamos nos privando disso, porque a pandemia parece só piorar. Quando tudo isso passar, teremos o prazer de apresentar nossa filhinha a todos”, avisou a mamãe.

Texto: Maurenn Bernardo

Publicado na edição 1252 – 11/03/2021