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Notas políticas: Sessão quente

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Como anunciado em primeira mão pelo O Popular na tarde de segunda-feira, 16 de outubro, um grupo de vereadores liderados pelo presidente da Câmara, Ben Hur Custódio de Oliveira (Cidadania), apresentou um requerimento para instauração da tão falada CPI da FIA, que tem o objetivo de investigar, no âmbito do Poder Legislativo, o contrato firmado entre o Município e a Fundação Instituto de Administração (FIA) para estudo e proposição do pacote de leis que reforma à previdência e o plano de carreira dos servidores públicos municipais.

De mestre

Obviamente, a manobra feita por Ben Hur e os vereadores Ricardo Teixeira (PSDB), Irineu Cantador (PSD), Celso Nicácio (PSD), Pedrinho da Gazeta (Cidadania), Vagner Chefer (Podemos), Vilson Cordeiro (UNIÃO) e Aparecido Ramos (PDT) desagradou os três edis que não foram convidados para assinar o requerimento de instauração da CPI. Até porque, inicialmente, eram esses três que andavam garganteando por aí o desejo de montar a Comissão de Inquérito. Mas, faltou-lhes habilidade política e talvez até um pouco de humildade na busca desses apoios. Algo que, dentro da Câmara, você gostando ou não de Ben Hur, ele faz muito bem.

Chateados

Vereadores de primeiro mandato, Valter Fernandes (Cidadania), Eduardo Castilhos (PL) e Fábio Pavoni (PV) ainda batem cabeça na divina arte que é fazer política. Por isso, volta e meia, embora considerem que estão em alta com segmento A ou B, talvez estejam é vivenciando os últimos meses como detentores de cargos públicos eletivos. Historicamente, aliás, as eleições municipais mostram que edis que buscaram se alinhar a interesses sindicais, discursos efusivos, pretensos defensores da transparência, autores de denúncias mil e coisas do gênero tiveram vida curta no parlamento. E tiveram vida curta porque talvez a população – no fundo no fundo – não acredite que políticos eleitos sejam mesmo capazes de fazer esse trabalho. Afinal, pra investigar, fiscalizar e apresentar denúncias a população tem o Ministério Público. Para dar transparência aos atos públicos as pessoas têm a imprensa e para defender direito classista já existem sindicatos.

Boa notícia

A boa notícia, claro, caso os três edis não tenham vida longa na política eletiva é que a partir de 2025 os fiéis ganharão um pastor com dedicação exclusiva, um professor e um policial rodoviário federal.

Lição

Talvez nem todos observem atentamente o que diz o vereador Pedrinho da Gazeta em plenário, mas seus discursos são sempre uma lição para quem quer se manter na política. Volta e meia ele pega o microfone para lembrar que numa cidade com cerca de 100 mil eleitores e onze vagas na Câmara (a partir de 2024 serão treze) não se ganha voto dando discurso em plenário, brigando com o Executivo, colocando os companheiros de parlamento em saias justas e/ou querendo bancar o “inteligentão”. Como diz ele, eleição se ganha é tratando bem o povo. E o povo está nas ruas, trabalhando o dia todo. O povo (povo mesmo, aquele mais carente, que mais precisa dos serviços públicos) não está assistindo sessão da Câmara, não está licenciado para sindicato, nem nada assim.

Próximos passos

Voltando para a história da CPI, com ela aberta, os edis escolheram na sessão plenária de terça-feira, 17 de outubro, os três integrantes que ficaram responsáveis por conduzir os trabalhos. São eles: Celso Nicácio, Ricardo Teixeira e Vilson Cordeiro, sendo que ao primeiro caberá a presidência e ao segundo o cargo de relator.

Agenda

Com a comissão formada, a expectativa é que ao longo dos próximos dias eles se reúnam para definir um cronograma de reuniões, bem como definam documentos que serão solicitados ao Executivo e outros órgãos, bem como estipulem uma agenda de oitivas que julguem necessários.

Competição injusta

Há que se dizer que por mais bem imbuídos de boa intenção que a Câmara esteja, é difícil vislumbrar que essa CPI consiga ser producente quando comparada aos procedimentos já abertos por outros órgãos técnicos, especialistas em investigações e com dedicação exclusiva para tal, como o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado. De todo o modo, já que a CPI está aberta, o negócio é acompanhar e torcer para que ela alcance bons resultados.

Podemos

A direção municipal do Podemos realiza hoje um encontro com seus filiados. A reunião está marcada para acontecer às 19h, na sede da AECIAR.

Pré-candidato

Na oportunidade, será lançado o nome do ex-conselheiro tutelar Eduardo Melo como pré-candidato a prefeito pelo partido. Boatos dão conta de que o presidente do Podemos, Albanor José Ferreira Gomes, anda pra lá de animado com o nome de Eduardo como seu herdeiro político.

Neste sábado

E por falar em encontro partidário, neste sábado, 21 de outubro, PT, PV e PC do B realizam uma reunião com seus filiados para discutir o cenário político local e traçar os rumos da Federação para as eleições municipais de 2024. O bate-papo terá como sede o plenarinho da Câmara de Vereadores e tem início marcado para às 14h.

Marcondes segue no comando

O diretório estadual do Partido dos Trabalhadores se reuniu no último dia 14 de outubro para discutir as tretas que haviam movimentado a direção do PT de Araucária e que acabaram com a deposição do então presidente Osvaldo Marcondes. Nessa conversa ficou definido que a reorganização que teria tido Rivadal Padilha como mentor intelectual não seguiu as regras do Direção Nacional do PT. Com isso, Marcondes permanece como o comandante supremo do petismo araucariense até 2025.

Mandato Jack Bauer

Com a confirmação de que Marcondes segue no comando do PT local, o mandato do coordenador administrativo do Sismmar Gilmar da Silva como presidente do PT já vem sendo chamado de mandato Jack Bauer: durou 24 horas ou nem isso.

Gilmar candidato

E falando em Gilmar, um grupo de professores já anda defendendo que ele seja o candidato do Sismmar a vereador em 2024. Figura muito presente nas lives que o sindicato faz, ele hoje é considerado por muitos como o principal rosto da entidade sindical, o que o cacifaria para finalmente – quem sabe – fazer com que alguém ligado diretamente as causas do magistério ocupe uma cadeira no parlamento.

Edição n.º 1385