Onde está Olizandro?

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Na primeira reunião com as entidades representantes da categoria – SISMMAR e SIFAR – de 2015, o prefeito Olizandro não se fez presente. A informação trazida pela secretária de educação e pelo secretário de gestão de pessoas, que estavam representando a administração, foi de que compareceu a uma reunião com o governo do estado do Paraná. Justificativa aceita pelos servidores, mas o sentimento de descaso na mesa permeou toda a reunião.

Apenas duas secretarias presentes para receber as reivindicações prioritárias dos servidores. E de avanço, a promessa de transitar a pauta da categoria entre as demais secretarias e o agendamento com a presença de Olizandro, em data a ser confirmada entre 06 e 07 de abril.

Mas por que a participação de Olizandro na recepção da pauta dos trabalhadores do serviço público municipal é assim, tão importante?

Desde que assumiu a prefeitura, Olizandro participou pouco dos debates. Início da gestão compareceu e se comprometeu em dialogar com as entidades sindicais, muito em razão do seu passado como sindicalista na empresa COPEL e por afirmar naquele momento, a atenção especial em relação aos professores, dado que em sua família há professoras que sofriam dilemas em sala de aula, como o não reconhecimento da carreira, a lida cotidiana com a indisciplina e o adoecimento gerado pelo stress no trabalho.

De lá pra cá, não foi bem o que se verificou. Ao descumprir o PCCV, Olizandro travou uma guerra contra os servidores. O que culminou no primeiro ano do seu mandato, em uma greve geral. Representantes do governo trataram de desqualificar os servidores e os sindicatos nas redes sociais e as comissões de discussão de carreira e saúde do trabalhador definharam por desinteresse do governo em encaminhar as demandas.

Qualquer cidadão e cidadã avalia que o secretariado de Olizandro pouca competência técnica possui. O troca-troca em secretarias chave, como planejamento, finanças, saúde, educação e obras públicas vêm sendo constante. E isso dificulta um trabalho planejado e consistente.

Todos sabemos que não há saúde, educação, segurança, obras públicas e demais serviços sem os trabalhadores concursados. Não há projeto de governo que funcione sem que os trabalhadores assumam as tarefas dadas. Sem respeito, reconhecimento e valorização, qualquer prefeito, encontrará dificuldades em tocar suas ações.

Olizandro pouco ou nada comparece ao diálogo com a categoria e até mesmo em inaugurações e entrega dos uniformes nos bairros têm comparecido. Evitando desgastes políticos ou está desencorajado a encarar as entidades e a comunidade e não ter as respostas que a população deseja? Enfrentar que precisa reduzir cargos comissionados, que precisa cumprir o que prometeu, parece penoso? Após 28 meses de mandato, a dificuldade de Olizandro em exercer o diálogo aberto é evidente.

Em épocas de campanha eleitoral, tudo muda. Gastos com publicidade para melhorar a imagem. Aliados políticos que pouco trabalharam pela cidade enquanto comissionados, sairão como um exército de grandes ilusões. Muito será dito, do pouco que tem sido feito, em especial em nome daqueles 4.684 servidores ativos e aos 670 servidores aposentados e suas respectivas famílias. Uma lástima.

Mas se há aspirações futuras desse grupo político, que hoje está a frente da cidade, ainda que pelo interesse artificial por reeleição, é preciso diminuir as distâncias entre a intenção e o gesto e dar maior atenção a quem de fato faz a máquina pública funcionar nas escolas, nos postos de saúde, no Paço Municipal e nas demais secretarias, ou seja, os servidores e servidoras.

Resta o convite, Olizandro apareça e traga boas noticias!

Sismmar
Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Araucária

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