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Petroleiros protestam contra os preços abusivos dos combustíveis

 

Começou à zero hora desta quarta-feira, 30 de maio, a greve de advertência por 72 horas dos petroleiros de todo o país contra o aumento abusivo dos preços dos combustíveis e gás de cozinha; contra a privatização da empresa; pela retomada da produção interna de combustíveis; pelo fim das importações da gasolina e outros derivados de petróleo, pela garantia dos empregos e pela saída imediata do presidente da Petrobras, Pedro Parente.

Na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, região metropolitana de Curitiba, a gestão da empresa trancou os portões da fábrica por volta das 23h de terça-feira (29), próximo ao horário da troca de turno de revezamento de trabalhadores. Uma equipe de contingência assumiu a operação. E na manhã desta quarta (30), os petroleiros realizaram um protesto em frente à Repar e continuaram com a greve.

O Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro PR e SC) comunica que, durante este período inicial de greve, não há risco de desabastecimento de combustíveis essenciais à sociedade, como gasolina, diesel e gás de cozinha. Isso, inclusive, já foi comunicado pelo Sindipetro ao Ministério Público. A intenção do movimento grevista é justamente aumentar a produção de combustíveis para reduzir os preços à população.

Petroleiros protestam contra os preços abusivos dos combustíveis

Abastecimento

O Sindipetro Paraná/Santa Catarina esclarece que se trata de uma greve de advertência de 72 horas e não existe qualquer risco de desabastecimento do mercado. O protesto é para alertar a sociedade sobre o equivocado modelo de preços adotado pela Petrobas na gestão de Pedro Parente, atual presidente da companhia, que acompanha a cotação do dólar e do barril de petróleo no mercado internacional.

Desde julho de 2017, quando a nova política de preços passou a vigorar, os reajustes passaram a ser diários. A Petrobras já alterou 230 vezes os preços nas refinarias, com aumentos de mais de 50% na gasolina e diesel, enquanto os preços do GLP tiveram 60% de reajuste.

Paralelamente a isso, conforma analisa o Sindipetro, Pedro Parente subutiliza as refinarias do Brasil, que hoje operam com apenas 65% de suas capacidades de produção. Tal medida fez com que as importações de diesel e gasolina disparassem e, em consequência, os preços também. Com essas ações, o governo Temer e a gestão de Pedro Parente são responsáveis pelo desabastecimento do mercado interno de combustíveis.

 

 

Fotos: Marco Charneski

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