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Políticos e imprensa se unem na tentativa de mascarar o perigo do retorno presencial nas escolas

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Esta Coluna é de responsabilidade do Sismmar e não representa necessariamente a opinião do jornal O Popular

Nesta terça-feira (06), o Brasil registrou o maior número de mortes em 24 horas pela Covid-19. Foram 4.211 óbitos em apenas um dia. Mesmo diante dessa profunda crise sanitária, social e econômica, no entanto, muitos políticos e grandes veículos de comunicação tentam mascarar o verdadeiro perigo da volta às aulas presenciais no pior momento da pandemia.

Enquanto os trabalhadores da educação pública seguem na luta pelo retorno somente após a vacinação em massa, há quem diga que é seguro colocar crianças, adolescentes, professores e funcionários nas escolas. Em Curitiba, que estava com bandeira vermelha até domingo (04), o prefeito Rafael Greca permitiu a reabertura das escolas privadas nesta segunda-feira (05).

Vale ressaltar que, mesmo após 23 dias de bandeira vermelha, Curitiba ainda está com o sistema de saúde em colapso e ainda registra um número de mortes bastante alto. Nessa terça-feira, conforme boletim da própria Prefeitura, foram 30 óbitos, sendo 22 mortes nas últimas 48 horas. Diante dessa situação, seria esse o momento ideal para reabrir escolas?

Além de Greca, outros políticos vêm dando mau exemplo em todo o Brasil ao retomar as aulas presenciais no momento mais crítico da pandemia. Além disso, a grande mídia também vem fortalecendo o discurso de que basta seguir protocolos de segurança para evitar o contágio nas escolas, ignorando a realidade para beneficiar o interesse de grandes empresários e causar uma sensação de segurança aos pais que estão enviando seus filhos para aulas presenciais.

A verdade é que não basta máscara e álcool em gel nas escolas. A experiência em Curitiba, além de tantas outras pelo Brasil afora, comprovou a ineficiência dos ditos protocolos nas unidades educacionais. Em apenas uma semana com atividades presenciais, mais de sete escolas registraram surtos de coronavírus em Curitiba no mês de fevereiro.
Também é importante ressaltar que há novas variantes mais potentes e mais transmissíveis circulando pelo país, além do aumento considerável no número de internações de crianças em leitos de UTI para Covid-19. A média mensal de crianças e adolescentes com Covid-19 cresceu 133% no mês de março no Hospital Pequeno Príncipe, referência no atendimento pediátrico em Curitiba.

Portanto, basta de mascarar a realidade! Não é seguro reabrir escolas enquanto mais de 4 mil pessoas morrem de Covid-19 por dia! É urgente que a população tenha conhecimento do real perigo do retorno presencial neste momento em que o Brasil se tornou uma ameaça global, vive o descontrole da pandemia e apresenta um número inacreditável de mortes diárias pela Covid-19.

Seguimos Firmes em defesa da vida! Sem vacina, sem retorno!

Publicado na edição 1256 – 08/04/2021

Políticos e imprensa se unem na tentativa de mascarar o perigo do retorno presencial nas escolas
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