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No início desta semana houve a confirmação pela Secretaria de Estado da Saúde (SESA) de um óbito no município de Araucária provocado pela variante delta do coronavírus. De acordo com especialistas, essa é uma variante muito mais transmissível e capaz de provocar uma nova onda de contaminações nos locais em que chega.
No Reino Unido, país que já vacinou mais de 60% da população, a variante delta já é responsável por mais de 70% dos novos casos. Outros países que também já vacinaram muito mais que o Brasil, como Estados Unidos, Israel e Bélgica, também confirmaram que essa variante já é a principal responsável pelos novos casos.
Se a pandemia já era extremamente preocupante antes da chegada da variante ao município, com a confirmação da SESA os cuidados devem ser ainda maiores. No entanto, nem mesmo esse cenário caótico fez com que a Prefeitura e a Secretaria Municipal de Educação (Smed) prorrogassem o ensino remoto na rede municipal.
O prefeito Hissam e a Smed determinaram que as escolas municipais sejam reabertas já no dia 02 de agosto, enquanto a maior parte dos professores e funcionários de escolas não estão imunizados com primeira e segunda dose da vacina (ou dose única da Janssen). Os estudantes, por sua vez, seguem sem previsão de vacinação no Programa Nacional de Imunização (PNI).
Com todos esses fatores e o avanço da pandemia, que já fez mais de 462 mortos em Araucária, como ter segurança nesse retorno presencial irresponsável e sem condições sanitárias?
Se antes da pandemia já faltavam materiais básicos, como folha sulfite e giz, agora a Prefeitura vai proporcionar testagem periódica de toda a comunidade escolar, máscaras PFF2 ou N95, álcool em gel e todas as condições sanitárias para impedir que mais pessoas morram devido às complicações da Covid-19?
Os professores e professoras de Araucária também são a favor do retorno presencial, mas pedimos ao prefeito Hissam e à Smed que isso seja feito no momento certo e em segurança. A confirmação da chegada da variante delta é mais um fator alarmante de que o retorno presencial já no dia 02 de agosto coloca a vida de muitas pessoas em risco.
Os trabalhadores da Educação têm trabalhado muito mais durante a pandemia, prolongando a jornada para atender estudantes e famílias através do ensino remoto, além de estarem tirando dinheiro do bolso para investir em computadores, celulares e internet de qualidade, já que nada disso é custeado pela Prefeitura ou a Smed.
Os índices de adoecimento dos professores, principalmente adoecimento mental, vêm aumentando durante a pandemia devido aos desgastes do ensino remoto. No entanto, mesmo com todas as dificuldades, entendemos que a prioridade é defender a vida e prorrogar o ensino remoto para evitar mais mortes pela Covid-19 e suas variantes.
Hissam e Smed, prorroguem o ensino remoto para a segurança de todos!
Retorno presencial somente com segurança e condições sanitárias!
Publicado na edição 1271 – 22/07/2021