O furto de placas de sinalização tem gerado transtornos em Araucária. Além dos prejuízos causados aos cofres públicos, a situação deixa o trânsito confuso e há riscos de acidentes. Segundo o Departamento de Trânsito Municipal, a Prefeitura investe anualmente cerca de 1 milhão e meio em materiais de sinalização para a instalação e reposição de placas e de suportes. Somente em reposições, os gastos são estimados em 400 mil reais.
“Fazemos a reposição sempre que identificamos placas que estão faltando, geralmente são de PARE e de limite de velocidade. Recentemente fomos informados de um furto nas ruas Ladislau Karas e Alberto Bubniak, na área rural de Roça Nova, onde os bandidos tentaram arrancar cinco placas, porém nem todas eles conseguiram. Além dos furtos, temos placas danificadas em acidentes, que também precisam ser trocadas e infelizmente essas situações têm se tornado cada vez mais frequentes”, disse o engenheiro de trânsito Luiz Gouveia.
Segundo o engenheiro, a Prefeitura estuda meios de coibir esses furtos, trabalhando com outros tipos de placas que não sejam metálicas, já que isso atrai os bandidos, que encontram facilidade na venda do aço. “Optamos por usar placas de fibra de vidro ou mesmo de ACM (material leve e resistente), que são materiais que não tem valor comercial. Já a substituição dos tubos é mais complicada. Instalamos na Praça Matriz dois tubos que são feitos de borracha reciclada de pneu, com alma de aço. Fizemos um teste para ver se eles não ressecavam no solo, e eles já estão lá há bastante tempo, e mostraram ser bem funcionais, o problema é que são mais caros que os metálicos. Então ainda não encontramos um material que não tenha apelo comercial, que seja mais barato que o tubo”, explicou Luiz.
Ainda de acordo com o engenheiro, a expectativa é de que em breve lancem uma nova tecnologia para que este desafio enfrentado pelas prefeituras seja sanado. “Se tivermos uma opção de tubos em borracha reciclada, mas de baixo custo, ou de custo atrativo, podemos fazer a substituição e utilizar placas de fibras de vidro, que não têm apelo comercial. Um exemplo são as placas do estacionamento rotativo, que são de fibra, portanto, não chamam a atenção dos ladrões. Em 2019, quando tivemos a crise do aço, com o preço do material disparado, foi bastante complicado porque pagávamos cerca de 300 reais em cada tubo, sendo que o valor fora da crise girava em torno de 140 a 150 reais”, compara.
Edição n.º 1442.