Presidente da ONG Eva fala do impacto ao receber o diagnóstico de um câncer

“Agora eu sou uma Eva”, diz Adry. Foto: divulgação
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Presidente da ONG Eva fala do impacto ao receber o diagnóstico de um câncer
“Agora eu sou uma Eva”, diz Adry. Foto: divulgação

No dia 5 de abril, três dias antes do Dia Mundial de Combate ao Câncer (8 de abril), a fundadora e presidente da ONG EVA – Espaço Vida Araucária, Adry Ribeiro, recebeu aquela notícia que ninguém quer ouvir: a confirmação de um câncer de útero. Ela, que perdeu a mãe, o irmão e um tio para a doença, após acompanhar de perto o tratamento e as dificuldades que eles enfrentaram, agora se viu diante da mesma realidade. Adry ficou tão abalada com a perda, principalmente da mãe, que decidiu fundar a ONG, em março de 2017. Se dedicou tanto, ajudando as mulheres em tratamento contra o câncer, que isso a fez se curar de uma depressão profunda. Depois de todos esses anos acompanhando as pacientes oncológicas, Adry Ribeiro se tornou uma delas.

“Agora eu sou, literalmente, uma Eva. Descobri na semana passada que eu estou com câncer no útero. Ao receber a notícia, me assustei bastante. E é interessante porque quando eu falo para as pessoas que me assustei quando ouvi o médico dizer que minha mãe estava com câncer, não foi um impacto tão grande a esse que tive quando eu mesma recebi o diagnóstico. Me surpreendi com as minhas reações. Mas como eu trabalho com prevenção, graças a Deus estou bem, porque descobri no início e sempre que um câncer é descoberto nessa fase, tem tratamento e as chances de cura são muito maiores. É um tumor maligno, vou fazer a retirada dele nos próximos 15 dias. De acordo com os médicos, por estar em fase inicial, talvez não precise de quimioterapia e nem radioterapia, somente um acompanhamento para prevenir e evitar que atinja outros órgãos. As chances de cura são de 90%. Não é fácil, mas eu sempre soube que não seria”, relatou a presidente da ONG.

Adry disse que convive todos os dias com as “suas meninas” e as pessoas perguntam como arranja tempo para cuidar de tudo. A esses, ela responde que quando a gente faz algo por amor, sempre arruma tempo. “As minhas meninas são minha vida e fico muito triste quando não consigo ajudá-las. Fico emocionada, sabe? Porque nós sempre falamos sobre vida aqui, e agora estou sentindo o mesmo que as minhas meninas. Sou uma Eva, mais uma a lutar contra essa doença”, disse emocionada.

A presidente da ONG EVA também aproveitou para fazer um apelo às secretarias municipal e estadual de Saúde, para que incluam as pacientes oncológicas nos grupos prioritários de vacinação contra a Covid-19. “A pandemia está aí sim, e já preparamos um oficio para ser encaminhado para as secretarias, pedindo isso. São pessoas com baixa imunidade, lutam diariamente contra isso e correr o risco de se contaminar com o coronavírus, é muito sério. Então, por favor, olhem com carinho para o paciente oncológico”, implorou.

Texto: Maurenn Bernardo

Publicado na edição 1257 – 15/04/2021

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