Na noite do dia 31 de julho, nas proximidades do km 157 da Rodovia do Xisto, uma equipe da Polícia Rodoviária Federal realizava patrulhamento de rotina quando observou dois veículos Renault Duster trafegando com velocidade abaixo da média e em distância extremamente próxima um do outro.

A atitude suspeita levou os policiais a se aproximarem, momento em que ambos os carros realizaram, de forma simultânea, uma conversão à direita. A movimentação reforçou a suspeita da equipe, que optou por abordar os dois veículos.

Durante a abordagem, todos os ocupantes foram orientados a desembarcar. No Renault Duster preto, foi possível visualizar diversos pacotes amarelos distribuídos na parte traseira do carro. Ao se aproximarem, os agentes perceberam um forte odor de maconha, o que foi confirmado após a abertura das embalagens. No interior do veículo havia 414,1 kg de maconha, que foi posteriormente pesada e apreendida.

No segundo veículo, um Renault Duster branco, os policiais encontraram diversas mercadorias de origem paraguaia, principalmente eletrônicos e itens de uso pessoal, sem documentação fiscal que comprovasse a entrada legal no Brasil. Os ocupantes do veículo afirmaram ser os donos das mercadorias, que incluíam consoles de videogame, celulares, perfumes, monitores, acessórios eletrônicos, ferramentas e peças de informática, entre outros.

Durante a entrevista com os envolvidos, um dos passageiros do veículo branco, declarou que ele e seu sócio atuam trazendo mercadorias do Paraguai sob encomenda para lojistas da região metropolitana de Curitiba. Segundo ele, naquela ocasião, havia sido contatado por um número desconhecido para realizar o transporte de supostos eletrônicos, mas estranhou o fato de que o número mudava constantemente. Pedro relatou que já havia realizado outras três viagens semelhantes ao lado de Emerson.

Ainda segundo ele, a viagem até o Paraguai aconteceu no dia 31 e retornou no mesmo dia. Admitiu que, apesar de inicialmente acreditar que transportaria eletrônicos, teve ciência de que o veículo estava carregado com drogas, mas alegou não saber como agir diante da situação.

Confessou que receberia R$ 3.000,00 pelo transporte da droga até o posto Pelanda, na BR-116, em Fazenda Rio Grande (PR). Emerson confirmou que receberia R$ 1.000,00 para apenas retornar com o veículo alugado e alegou que desconhecia o conteúdo da carga até o momento da abordagem.

Ambos confirmaram que retornavam juntos do Paraguai, utilizando o segundo veículo como uma espécie de batedor. Os outros ocupantes do carro branco confirmaram que haviam ido ao país vizinho com a finalidade de buscar eletrônicos.

Todos os envolvidos foram detidos e encaminhados para a Delegacia. As drogas e mercadorias foram apreendidas.