Prioridade dos governos é salvar milionários, e não vidas

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Esta Coluna é de responsabilidade do Sismmar e não representa necessariamente a opinião do jornal O Popular

Mais de 74 mil pessoas morreram devido à Covid-19 no Brasil, até quarta-feira (15), e os governos são, em grande parte, responsáveis por essas mortes. Além do presidente Jair Bolsonaro, muitos governadores e prefeitos também ignoram as necessidades da população durante a pandemia. A falta de responsabilidade de todos esses governantes provocou a tragédia que está sendo vista.

Em Araucária não é diferente. No momento em que a população mais precisa dos serviços públicos, o desprefeito Hissam resolve atacar os servidores que atendem os araucarienses. Ao invés de investir em medidas eficientes para controlar e combater a pandemia no município, a gestão opta por negar reajuste de 2% aos que estão na linha de frente do combate ao coronavírus.

A população vive o drama do aumento considerável do número de infectados e óbitos por Covid-19, o esgotamento dos leitos de UTI no Paraná e a gestão Hissam se mostra incapaz de lidar com essa realidade. Em vez de garantir condições de trabalho para que os servidores atendam o município com qualidade, o desprefeito também opta por atacar o Fundo de Previdência Municipal de Araucária (FPMA).

O Fundo é responsável pelas aposentadorias do funcionalismo. Com o Projeto de Lei 2330/2020, que foi encaminhado pelo prefeito à Câmara de Vereadores, o FPMA pode deixar de receber R$ 23 milhões. Isso porque Hissam quer deixar de pagar a alíquota patronal até dezembro de 2020, alegando que irá utilizar o dinheiro no combate à pandemia, mas sem explicar de que forma.

Se o prefeito pretende utilizar o dinheiro do Fundo dos servidores para combater o coronavírus no município, deveria, ao menos, explicar como e onde esse valor será aplicado. Além disso, também deveria ter uma gestão democrática, pautada pelo diálogo com o funcionalismo e com os representantes do FPMA, já que a instituição, que é mantida pelos servidores, será a principal afetada pelo Projeto de Lei.

Há outras saídas para combater o coronavírus no município sem atacar os direitos dos trabalhadores, mas Hissam e sua equipe insistem em fazer sangrar o funcionalismo. A gestão adota o mesmo discurso do governo federal, que quer empurrar a conta da pandemia para os trabalhadores e vem sendo amplamente criticado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e por governantes de outros países.

No Brasil, os governantes poderiam ter taxado grandes fortunas e ter cobrado as grandes empresas que sonegam impostos há décadas, mas optaram por socorrer bancos em vez de socorrer os trabalhadores, os informais, os desempregados e as pequenas empresas. Logo em março, quando o coronavírus foi considerado uma pandemia, Bolsonaro deu R$ 1,2 trilhão aos bancos.

Ou seja, dinheiro tem, mas, a vida da população e os direitos trabalhistas essenciais para colocar o pão na mesa do trabalhador continuam não sendo prioridade. Em tempos sombrios como esse, é essencial que todos os governantes sejam cobrados e que a vida da população deixe de ser banalizada por políticos que ocupam cargos apenas para se perpetuarem no poder. Chega de descaso! Inimigo da população não merece reeleição!

Publicado na edição 1221 – 16/07/2020

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