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Se Hissam não voltar atrás, os professores de Araucária farão greve pela vida

Esta Coluna é de responsabilidade do Sismmar e não representa necessariamente a opinião do jornal O Popular

O SISMMAR, sindicato que representa os professores e professoras da rede municipal de ensino de Araucária, segue tentando dialogar com a Prefeitura e a Secretaria Municipal de Educação (Smed) sobre o retorno presencial. Porém, ambos seguem irredutíveis em relação à reabertura das escolas, mesmo com todas as evidências de que este não é o momento certo de voltar com as aulas presenciais no município.

Na semana passada, houve a confirmação de um óbito em Araucária devido à variante delta do coronavírus, que é uma variante muito mais perigosa e transmissível. Com isso, o temor dos professores e professoras com o retorno presencial é ainda maior, já que a realidade é que a maioria não está imunizada contra a Covid-19 com a primeira e segunda dose da vacina ou dose única da Janssen.

O que os trabalhadores e trabalhadoras da Educação pedem à Prefeitura é a prorrogação do ensino remoto até que todos estejam imunizados e até que haja condições sanitárias para um retorno seguro. No entanto, embora o prefeito e a Smed tenham prometido aguardar a imunização dos professores em reunião no mês de maio, ambos vêm tratando com descaso o pedido da categoria e determinaram que as aulas presenciais voltem já no dia 2 de agosto.

O governo ainda pode ter bom senso e voltar atrás nesse retorno presencial absurdo e irresponsável, como já fizeram outras prefeituras. Mas, caso isso não aconteça, o SISMMAR e os professores estão a postos para iniciar uma greve pela vida a partir de segunda-feira (02). Não vamos aceitar sermos colocados no corredor da morte por incompetência de governantes, que são os grandes responsáveis pelo enorme atraso do processo de imunização contra a Covid!

Assim como toda a comunidade escolar, os professores também sofrem muito com as dificuldades do ensino remoto. Durante a pandemia, estamos trabalhando o triplo para atender as famílias e estudantes a distância. Devido a essas jornadas desgastantes, que vão muito além da jornada para a qual prestamos concurso, é enorme o número de profissionais que estão com problemas de saúde mental.

Além disso, nossos salários e vale-alimentação continuam congelados desde 2019 enquanto Hissam nega a recomposição salarial. Enquanto tudo aumenta menos o salário, estamos tirando dinheiro do próprio bolso para investir em computadores, celulares e impressoras para poder ofertar um ensino remoto de qualidade. Ou seja, depois de mais de um ano de pandemia também estamos muito desgastados, mas sabemos que, ainda assim, prorrogar o ensino remoto neste momento é evitar mais mortes pela Covid-19.

O retorno presencial já na próxima semana é uma ameaça à vida de todos. Por isso, caso Hissam não volte atrás nessa decisão, não ficaremos inertes e vamos à luta. Já fizemos greves em anos anteriores e agora a greve será pela vida, o nosso bem mais importante!

PELA PRORROGAÇÃO DO ENSINO REMOTO E IMUNIZAÇÃO DE TODA A POPULAÇÃO JÁ!

Publicado na edição 1272 – 29/07/2021

Se Hissam não voltar atrás, os professores de Araucária farão greve pela vida
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