Segunda onda da Covid-19 escancara falta de responsabilidade dos governos durante a pandemia

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Esta Coluna é de responsabilidade do Sismmar e não representa necessariamente a opinião do jornal O Popular

O Brasil sequer chegou a sair da primeira onda de contaminação por Covid-19 e já está no que os infectologistas chamam de “segunda onda”, devido ao aumento significativo do número de casos e a proximidade do colapso dos sistemas de saúde público e privado. Enquanto isso, o presidente, governadores e prefeitos continuam fechando os olhos para a necessidade de combater o problema de forma séria.

A população já está cansada do isolamento social e, mais de oito meses após o início da pandemia, é difícil quem siga rigorosamente as recomendações de prevenção. Os trabalhadores da saúde estão esgotados, adoecendo e morrendo devido às condições de trabalho. Por isso, é fundamental que os governantes tomem medidas efetivas para o combate ao surto de Covid-19.
Desde o início da pandemia o presidente Jair Bolsonaro vem desdenhando da gravidade do surto de coronavírus. A “gripezinha”, atualmente, já matou mais de 173 mil pessoas no Brasil. No Paraná, mais de 6 mil já morreram e o governador Ratinho Jr ainda quer fazer uma prova presencial com os professores PSS do estado.

Nas últimas semanas, Curitiba virou destaque nacional pelo aumento expressivo no número de casos. Na noite de terça-feira (01), 131 pessoas aguardavam leitos para Covid-19 na capital, que já sofre com o colapso no sistema de saúde. Em Araucária, segundo o boletim da Prefeitura de terça-feira, 1.708 pessoas estão em tratamento e 90 morreram.

O que mais falta acontecer para que as autoridades tomem as devidas providências e tornem mais rígidas as regras de isolamento social? Enquanto Greca finge que quer proteger a população de Curitiba com uma bandeira laranja fajuta e Ratinho quer fazer prova presencial, Hissam segue a mesma linha política e pouco faz pela população.

É urgente que os governantes trabalhem pela vida do povo e não pelos interesses dos grandes empresários. A situação poderia ser diferente em todas as regiões do país se houvesse cuidado com a vida e fortalecimento do SUS. No entanto, o que foi visto em todos os cantos foi o desinteresse do presidente e de muitos governadores e prefeitos que transformaram a pandemia em uma briga política e ideológica.

Hoje, enquanto dezenas de pessoas morrem todos os dias de Covid-19, 7 milhões de testes RT-PCR, que servem para detectar a presença do coronavírus no organismo, estão encalhados em um armazém do Ministério da Saúde. Esses testes estão perto de perder a validade e não são enviados ao SUS porque o ministro da saúde não tem competência técnica para lidar com uma pandemia.

Chega de descaso com a vida da população! É dever das autoridades tomar medidas mais rígidas de isolamento e fechar o que for necessário fechar até que a alta no número de casos seja contida. Os governantes não podem se omitir, mais uma vez, diante desta tragédia que ceifa dezenas de vidas todos os dias.

Ratinho, cancele as provas para PSS! Hissam, tome medidas para proteger vidas! Atuem como governador e prefeito e protejam a vida da população!

Publicado na edição 1241 – 03/12/2020

Segunda onda da Covid-19 escancara falta de responsabilidade dos governos durante a pandemia
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