Somente aqueles que fazem parte dos mais antigos araucarienses, e moradores do antigo Bairro Estação reconhecerão esse antigo casarão que existia na esquina das Rua Geronin Durski com a Pedro Nolasco Pizzatto. Era uma construção em madeira que apresentava linhas clássicas mostrando a beleza de seu exterior e conforto de seu interior. Assim como outras construções de épocas passadas, o imóvel era dividido entre parte destinado ao comércio e parte para uso da família que o habitava.

Esse casarão se destacava por ser amplo, construído com capricho possuía lambrequins por toda sua volta, cerca de vinte janelões incluindo aqui os fundos e sótão, cinco portas sem contar o interior, das quais três são vistas nesta foto, não mostra o lado direito onde a entrada com arco com um portão era a parte da residência da família, nem os fundos.

Essa imagem tranquila, era do tempo que essa residência/comércio ficava bem em frente à estação de embarque e desembarque dos trens. Ao fazer a parada, as pessoas que utilizariam o trem, sendo para se deslocar até Curitiba ou outra cidade para trabalho e estudos, ou para embarcar produções ou receber produtos, aproveitavam para fazer lanches aqui ou comprar algum produto. Vemos na foto três portas, as duas que estão abertas eram para atendimento comercial. Foi aqui neste local que foi feito o primeiro Ponto de Ônibus quando na década de 30 a Família Franceschi trouxe para Araucária o primeiro veículo de transporte coletivo, anos mais tarde foi aqui também que o saudoso Oscar da Silva Lisboa fazia parada com sua Lotação até ser substituído pelos ônibus Circular e mais tarde pelo TRIAR.

Por décadas esse casarão esteve em pé. Fazia parte do Bairro Estação, era um ponto de referência, sua existência unia-se a história do bairro. Dezenas de fregueses, pessoas que aguardavam o ônibus, quando chovia era um abrigo, quando o time do bairro vencia, aqui faziam comemorações, foram muitos anos, e muita história que aconteceu neste local, que teve os seguintes proprietários.

Seu primeiro usuário, construtor, morador e comerciante foi o Francisco Jess, em seguida João Morano, Emídio Fontana, Luiz Persegona, Rosa Sobota e finalmente o José Padilha, que foi seu último proprietário
Quando a estação ferroviária foi desativada e os trens foram desviados para novo roteiro, o movimento do Bairro caiu, e o belo casarão da esquina, já uma construção antiga, foi vendida e o imóvel demolido dando lugar à uma moderna construção em alvenaria junto a agora PR 423 que tem intenso fluxo de veículos. O casarão e suas histórias agora lembranças de uma época mais simples, calma e tranquila, quando o Bairro Estação era o ponto de progresso de nossa cidade e que hoje preserva suas lembranças enquanto o progresso continua.

Uma triste partida!

O ano era 1970 quando oficialmente Maria Marlene passou a integrar oficialmente a Família Poly, passando a se chamar Maria Marlene Poly, deu-se após dois anos entre namoro e noivado contraiu núpcias com EDSON POLY, o companheiro que por 55 anos trilhou os caminhos da vida lado a lado.

Muito mais que uma nova personagem Marlene fez parte de nossa família como se o seu lugar ali estivesse há tempos a esperando sua chegada, e realmente era o seu lugar onde foi recebida com amor, amizade e respeito desde o primeiro momento. Marlene viveu até a idade de 77 anos, no dia 23 de outubro de 2025 essa mulher guerreira, esposa, mãe, avó, amiga, cunhada, tia adorada, de dotes domésticos invejáveis, nos deixaram voltando para a Casa de Deus Pai. Sua partida tão repentina abriu no seio da família uma chaga dolorida e pungente, difícil de curar. Em sua despedida Marlene nos deu mais uma amostra de sua personalidade cativante devido ao grande número de amigos que estiveram em sua despedida. Maria Marlene Poly deixa viúvo Edson Poly, três filhos: Marcus, Helio e Willian, dois netos João Pedro e Thiago e quatro netas: Camila, Paloma, Rafaela e Isadora. Oramos a Deus pedindo que acolha sua bondosa alma e conforte os corações dos que aqui ficaram e sofrem por essa perda irreparável. Descanse em Paz Marlene, tua família te amará eternamente.

Texto de responsabilidade de TEREZINHA DE SOUZA POLY – Administradora da Página Araucária uma Cidade uma Saudade do Facebook Foto do acervo e Livro TRILHOS DO PROGRESSO de autoria do Sr. PAULO ZAGESKI

Edição n.º 1489.