A forte amizade, de muitos anos, entre dois jovens terminou de forma trágica na noite de terça-feira, 13 de agosto. Conforme relatou a Polícia Civil com base no depoimento de E.B.N., 18 anos, o jovem estava na casa do seu amigo J.V.G.N., 17 anos, que fica no conjunto Tayrá e, por insistência dele e da família do garoto, decidiu dormir ali. “Ele contou que estavam colocando os colchões na sala para dormirem quando J.V.G.N. saiu do cômodo. Alguns minutos depois ele retornou com uma arma em mãos e falou para E.B.N. que tinha dado um ‘golpe’ nela, mas que estava descarregada”, contou a policial civil que o ouviu. Em seguida, com o cano virado para si, J.V.G.N. foi entregar a arma para E.B.N. ver. “Conforme o jovem contou no depoimento, ele não chegou nem a ter o porte da arma, na transição entre as mãos, quando foi pegá-la, a pistola disparou. A gente sabe, que o princípio base quando se vai pegar um armamento, é nunca encostar no gatilho, mas muitas pessoas desconhecem isso, E.B.N. não lembra se relou no gatilho”, explicou. O disparo atingiu o peito J.V.G.N. e o amigo, junto com o pai e o irmão da vítima, tentaram socorrê-lo. O SIATE chegou a ser acionado, mas o jovem faleceu.

A arma
Depois do disparo acidental contra o amigo, já na madrugada de quarta-feira, 14 de agosto, E.B.N., acompanhado de sua família, se apresentou na delegacia de Araucária, prestou depoimento e já pela manhã foi liberado mediante o pagamento de fiança arbitrada pelo delegado Amadeu Trevisan, titular da DP local. O caso foi autuado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar e o autor responderá em liberdade.

A arma usada no crime é do pai da vítima, um policial militar aposentado: “O autor não soube dizer onde a vítima pegou a arma, se estava em cima da mesa, em um guarda-roupa… Nós ainda não ouvimos o pai, estamos esperando alguns dias para colher o depoimento dele”, explicou o policial civil.