Na segunda feira, 19 de fevereiro, foram realizadas em todo país diversas mobilizações contra a reforma da previdência, reforma essa que na prática acaba com a aposentadoria dos trabalhadores.
O governo, através da manipulação de dados, tenta convencer que existe um rombo. Coloca a culpa do rombo na aposentadoria daqueles que deram o suor de seu trabalho, quando sabemos que isso não é verdade. Se é que esse rombo existe, as dívidas de grandes empresas e benefícios de uma minoria é que são responsáveis – e justamente com esses a reforma não mexe.
Em Araucária, os trabalhadores da REPAR paralisaram as atividades por uma hora e meia contra a Emenda que propõe a reforma. O SISMMAR esteve presente na manifestação e reafirmou seu apoio à luta e à defesa dos direitos de todos os trabalhadores.
Foi também realizada uma paralisação das/dos educadoras/es infantis para protestar sobre questões da Educação Infantil no município de Araucária. Desde o ano passado, essas/es profissionais da Educação vêm buscando o diálogo com o secretário de educação para tratar do reconhecimento da carreira, afinal muito se fala em qualidade da educação e pouco se investe. Para ter um exemplo: o governo não reconhece que as/os educadoras/es assumem o compromisso com o pedagógico que vai além dos cuidados básicos nos CMEIS. Porém o ano letivo de 2018 está começando com a falta de 38 professoras, com a previsão de contratação somente a partir de 02 de abril. Ora, então nesse período, para o governo, as educadoras são habilitadas para atender às práticas pedagógicas, mas quando se trata de efetivamente reconhecer, dificulta o diálogo. Além disso, existe a reivindicação da hora atividade, que é o período de planejamento das atividades, e que o calendário dos CMEIS seja organizado junto com o calendário escolar.
Como nenhum interesse em atender essa pauta foi demonstrado, a categoria definiu a mobilização para o primeiro dia do ano letivo de 2018.
É nos primeiros anos que formamos nossos conceitos de mundo. O desenvolvimento infantil se reflete em toda a vida de uma pessoa e pode potencializar ou limitar o aproveitamento escolar em sua vida estudantil. O Sismmar luta pela Educação Pública e de Qualidade, e entende que a reivindicação das educadoras é legítima e necessária. Nosso município tem condições de oferecer aos cidadãos uma Educação Infantil de qualidade. Para observar o quanto falta, basta olhar para a arquitetura dos Cmeis, alimentação fornecida, materiais pedagógicos, possibilidades de formação e principalmente, para o tratamento com as educadoras.
Publicado na edição 1101 – 22/02/2018
