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Nesta terça-feira, o Sismmar receberá em sua sede o Promotor da Vara da Infância e Juventude Davi Kerber de Aguiar par debater com os representantes sindicais os dilemas que vivem os profissionais da educação que atuam na rede pública municipal, diante desse cenário caótico que se encontra a educação em nossa cidade.

O Promotor e sua equipe tem se mostrado implacável quando o assunto é a garantia do direito à educação. Tem imposto ações civis públicas e cobrado respostas da Smed e do Prefeito. Numa das ações que cobram o déficit de vagas, a ação imputa multa de R$ 5 mil reais por criança não atendida à Janete Schionteck e Olizandro Ferreira. Muito bem. Não fosse isso, nossos representantes estariam se ocupando de questões menos importantes.

Até sua chegada havia se criado uma verdadeira indústria de mandados de segurança, que superlotavam os cmeis e apavoraram profissionais, pois além de trabalharem com superlotação e em péssimas condições, as coordenações destes locais estavam impedidas de negar a permanência da criança na creche, ainda que o atendimento de qualidade estive em risco.

As crianças ainda estão nos cmeis e a situação de falta de profissionais está se agravando. Muitas atendentes se exoneram devido ao baixo salário, às péssimas condições de trabalho e a falta de reconhecimento profissional. Acirram-se conflitos dentro dos cmeis e a administração não apresenta alternativas.

Com a universalização do atendimento e a queda do corte etário, a necessidade de criação de novas vagas amplia e o problema nas mãos do governo só piora. Um governo que virou as costas pra educação ao longo da gestão, e que ainda tem um ano e 4 meses de mandato. Com a corda no pescoço, o planejamento deu lugar ao desespero.

Diante da interdição do Cmei Gralha Azul pelo Ministério Público, na semana passada, gestores da Smed e do governo deram lugar ao autoritarismo e mais uma vez ao descaso, para dirimir o peso na consciência em não ter tomado as providências cabíveis a tempo. O Secretário de Obras através das redes sociais, afirmou que “tudo não passou de um susto” devido aos estouros na rede elétrica.

As trabalhadoras daquele local tiveram que, pressionadas, prestar serviço em outras unidades sem qualquer apoio da mantenedora. Episódio digno de deixar qualquer secretária de educação ou prefeito morrendo de vergonha. Pois as denúncias de falta de condições de trabalho naquele local não são novas. Mas parece que Janete Schionteck e Olizandro estão se orgulhando da precarização e dos danos que vem impondo à educação.

Mais uma vez, há de ser elogiada a firmeza do Promotor Davi. É preciso que mais homens e mulheres apareçam por aqui com a coragem que lhe é peculiar. Pois foi pessoalmente verificar a situação do local.

É preciso que entidades como o Tribunal de Contas, a OAB, os conselhos de direitos, os movimentos sociais que começam a se organizar na cidade fiscalizem, atuem e desnaturalizem a incompetência deste governo para lidar com os direitos fundamentais dos que aqui moram e trabalham. Arregacem as mangas e botem pra ferver, o caldeirão da apatia e do oportunismo eleitoral que ronda nossa cidade.

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