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11 mil alunos de colégios estaduais de Araucária voltam às aulas na semana que vem

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Alunos voltam às aulas na semana que vem

Os alunos da rede ensino do Paraná voltam às aulas na próxima quarta-feira, 15 de fevereiro. Em Araucária, são onze mil estudantes, de dezoito colégios que iniciam o ano letivo de 2017.

 

Conforme informações do Governo do Estado, para professores e funcionários, o trabalho começa antes: na segunda e terça-feira, dias 13 e 14, acontecem reuniões de planejamento pedagógico.

 

Ainda de acordo com a secretária de Estado da Educação, Ana Seres, nestes dias que antecedem o início do ano letivo, está sendo feito o trabalho de distribuição de aulas da rede pública de todo o Estado.

 

Neste ano, a resolução que estabelece o procedimento, teve algumas alterações, o que anda gerando alguma discussão entre a SEED e sindicatos que representam os professores. A secretária, no entanto, garante que tudo está sendo feito dentro da legalidade. Abaixo, você confere uma entrevista com Ana Seres.

 

Secretária de Estado da Educação do Paraná, Secretaria Ana Seres.   Foto: Hedeson Alves
Secretária de Estado da Educação do Paraná, Secretaria Ana Seres.
Foto: Hedeson Alves

 

 

Secretária, como está o processo de distribuição de aulas da rede pública no Estado?

 Todo ano baixamos uma resolução que instrui a distribuição de aulas nas nossas 2,1 mil escolas. Neste ano, alteramos dois itens: a hora-atividade e os critérios de classificação para o professor assumir aulas extraordinárias. Essas mudanças vão garantir mais tempo do professor dentro de sala de aula, com os alunos. Além disso, quero destacar que o governador autorizou o chamamento de 339 professores remanescentes do concurso de 2013, investindo no nosso quadro próprio do magistério.

Quero destacar que para os alunos não muda nada no cotidiano da escola. Os estudantes e seus pais podem ficar tranquilos. Tudo que fazemos é pensando no estudante. Os ajustes alteram apenas o tempo que o professor concursado ficará em sala de aula. Com isso, estamos convencidos que haverá um benefício de aprendizado.

Em relação aos critérios para a aula extraordinária, terá preferência na classificação o professor que passou mais tempo com os alunos e não o maior status na carreira.

E como ficou a hora-atividade?

Considerando a hora relógio, de 60 minutos, em vinte horas de trabalho o professor ficará 12h30 em sala de aula e 7h30 ele terá para correção de provas, trabalhos e planejamento de aulas. Lembro que o Paraná segue cumprindo a lei e destinando um terço do tempo do docente para hora-atividade. Na nossa opinião, isso vai melhorar a qualidade do ensino.

E em relação a uma eventual greve dos professores, como a senhora avalia essa possibilidade?

Em relação à ameaça de nova greve, quero dizer que muitos profissionais não querem aderir a uma eventual paralisação e querem dar aula. Estamos acompanhando a situação nos nossos 32 Núcleos Regionais.

Quero lembrar ainda que a decisão de greve antecede qualquer medida do governo em relação à distribuição de aulas. Falar em greve com tanta antecedência considero bastante temerário, até porque nossos alunos não merecem isso, foram duas greves em 2015 e outra em 2016. Vamos lançar falta para quem não comparecer ao seu ambiente de trabalho.

Secretária, como está dividido o orçamento da Educação para este ano?

O Paraná destina mais que o previsto legalmente para educação, que é 30%. Aqui destinamos 35%. Se comparar o ano de 2010 até agora, o orçamento da educação mais que dobrou. É importante destacar que as despesas com pessoal quase triplicaram. Se em 2010 nos tivemos uma folha de pagamento que chegou em R$ 2,8 bilhões, em 2016 foram R$ 6,5 bilhões.

Se por um lado isso é bom, porque é sinal que nossos professores e servidores têm excelentes planos de cargos e salários, por outro, temos a dificuldade de receita. Sobra pouco para obras de manutenção e investimentos. Nesse sentido, o governador alocou novos recursos para infraestrutura, lançando no ano passado o programa Escola 1000, que destinou ao todo R$ 100 milhões para obras de reformas e reparos em mil unidades da rede estadual. Foi uma enorme conquista.

Que recado a senhora dá aos pais doa estudantes?

Quero tranquilizar as famílias, dizer que muitos profissionais irão atender nossos alunos e não vão aderir ao movimento grevista, mesmo que a assembleia da categoria, marcada para o dia 11, decida por paralisação. Sei que temos um número alto de profissionais que querem trabalhar.