Celebramos o grande mistério da história da humanidade: a vinda de Deus no meio de nós, encarnando-se em seu filho Jesus. Deus que se faz gente e vem habitar entre nós, vivendo em tudo como nós, menos no pecado. Esse Deus quis nascer no seio de uma família, manifestando assim ao mundo a importância do lar. A família de Nazaré, Maria, Jesus e José, é o modelo perfeito de união, de respeito, de diálogo, enfim, daqueles valores fundamentais que a regem e a dirigem. É um mistério a escolha de Maria como a mãe de Jesus e José, como seu pai adotivo. Um privilégio, mas, muito mais do que isso, um compromisso exigente, que eles souberam administrar muito bem.
Pouco sabemos da família de Nazaré, mas, alguns fatos marcantes se sobressaem, marcando a vida de Jesus. Desde o início, encontramos pais preocupados com o nascimento numa gruta humilde e simples em Belém. Um nascimento que despertou ciúmes no rei Herodes, temeroso em perder o seu poder. Diante da ameaça em matar todas as crianças do sexo masculino, com menos de dois anos, os pais fogem para o Egito. Essa fuga demonstra a grande responsabilidade em proteger o filho contra as ameaças externas. Depois deste fato, a família de Nazaré volta em cena somente quando Jesus está com 12 anos. Na volta da festa da Páscoa, os pais percebem a ausência do filho no meio da caravana. Voltam então para Jerusalém onde o encontram discutindo no templo com os doutores da lei. Maria esboça uma espécie de reclamação, diante da preocupação da perda do menino. Mas, diante da sua resposta, Maria silencia e guarda tudo em seu coração. No retorno para casa, Jesus lhes era submisso e obediente.
A família é, com certeza, o nosso bem mais precioso neste mundo. É ali que aprendemos as coisas mais importantes e essenciais para a nossa existência. Os valores transmitidos pelos pais permanecem para sempre. Infelizmente, nem todos tiveram a graça de terem sido educados na fé cristã ou nos valores do evangelho. Feliz quem nasceu e se criou num lar onde os valores cristãos foram os alicerces para um bom crescimento humano. Pessoalmente, sou profundamente grato aos pais que tive, com os quais aprendi e herdei uma série de valores que carregarei por toda a minha vida. Não foram pais perfeitos, mas, fizeram sempre o melhor para educar seus filhos no caminho da bem, da honestidade e trabalho.
Os pais têm a nobre missão de educarem seus filhos para serem homens e mulheres do bem. Através da ternura, mas, também da firmeza, devem apontar o caminho da vida para os seus filhos. Mas, os filhos, precisam aprender a ser obedientes a seus pais e a respeitá-los, a honrá-los com a devida estima. Os filhos que respeitam e que obedecem aos seus pais, tem muito mais chances e condições de se realizarem na vida. Pelo contrário, poderão sofrer muitos revezes, incapazes de administrar as suas próprias frustrações e decepções. A família, é e continuará sendo para sempre, a célula mãe da sociedade. No dia em que ela morrer, morrerá também a sociedade pautada em valores tais como o respeito, a compaixão, o perdão. Feliz é quem tem uma família alicerçada nos valores cristãos. Felizes são aqueles filhos que foram educados com muito amor, carinho, mas, firmeza ao mesmo tempo. Viva todas as famílias! Viva a minha família! Viva a Sagrada Família de Nazaré: Jesus, Maria e José!