Se você, mulher, perceber qualquer tipo de alteração hormonal no seu corpo, é essencial procurar atendimento médico especializado, já que existe uma porcentagem de chance de ser Síndrome de Ovários Policísticos (SOP). Apesar de ser uma das condições hormonais mais comuns entre mulheres em idade fértil, ainda existem muitos mitos e dúvidas acerca dessa síndrome. É por isso que setembro é o mês de conscientização sobre a SOP, e a ginecologista e obstetra Silvia Luanda Rezende traz mais explicações sobre a síndrome.

Segundo ela, a SOP envolve outras condições além da presença de cistos, como uma desordem hormonal que afeta a ovulação e pode trazer consequências em outros aspectos da saúde. “Estima-se que até 20% das mulheres possam ser afetadas em algum grau. Os sintomas mais comuns incluem irregularidade menstrual, excesso de pelos, acne persistente, dificuldade para perder peso e até queda de cabelo em padrão masculino. A mulher precisa ouvir os sinais do corpo. Pequenas mudanças no ciclo ou no padrão da pele podem ser alertas importantes”, reforça.

A doutora também afirma que a presença de cistos nos ovários não significa que a paciente possua a Síndrome de Ovários Policísticos. Em muitos casos, pode haver a presença de cistos funcionais e passageiros. Para ter o diagnóstico preciso, a paciente deve passar por uma avaliação médica detalhada, exames laboratoriais hormonais e ultrassonografia.

“A síndrome pode trazer complicações que impactam a saúde global da mulher. Se não tratada, aumenta os riscos de infertilidade, diabetes tipo 2, hipertensão e até doenças cardiovasculares. Mulheres com histórico familiar de SOP ou diabetes têm maior predisposição. Porém, fatores como sobrepeso, sedentarismo e alimentação desequilibrada também podem agravar o quadro. A genética tem um papel importante, mas o estilo de vida influencia diretamente no desenvolvimento da síndrome”, explica a médica.

Não existe uma cura para a síndrome, mas a ginecologista lembra que ela pode ser controlada através de um tratamento, garantindo a qualidade de vida das pacientes. Ela cita a mudança de hábitos, uso de anticoncepcionais e medicamentos específicos como exemplo, já que o tratamento é individualizado, ou seja, leva em consideração as necessidades e objetivos de cada paciente.

Saiba como identificar a Síndrome de Ovários Policísticos (SOP)
O diagnóstico é feito com avaliação médica detalhada, exames laboratoriais hormonais e ultrassonografia

A especialista enfatiza a importância da busca por atendimento médico já nos primeiros sinais de suspeita, como ciclos irregulares, acne persistente ou excesso de pelos. “Quanto antes identificarmos a síndrome, maiores as chances de prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida da paciente”, finaliza.

SERVIÇO

A ginecologista e obstetra Silvia Luanda Rezende atende adultos e crianças e atua com o CRM 17628 e CBO 225250, sendo cooperada Unimed (112110) da Clínica São Vicente, que está localizada na Rua São Vicente de Paulo, n.º 250, no Centro. O telefone/WhatsApp para contato é o (41) 3552-4000.

Edição n.º 1481. Victória Malinowski.