O semáforo fecha e lá vem eles, os artistas de rua! Eles têm apenas alguns segundos para fazer as performances e ainda ir até os motoristas para receber, ou não, uma espécie de recompensa. Nem todos colaboram, mas ao final do dia, é possível ganhar uma quantia razoável. Esta tem sido a rotina dos malabaristas da trupe Alface do Cão, que vieram de São Paulo e estão em Araucária há cerca de duas semanas. No semáforo do Cavalo Baio, na esquina do Colégio Szymanski, eles montaram o palco improvisado para levar a sua arte.
Os sete amigos, que estão viajando juntos há menos de dois meses, se conheceram na praia, no ano novo, e desde então estão juntos. “Somos cada um de um canto, tem gente de São Paulo, Sorocaba, Rio Grande da Serra, Sumaré. Viajamos para várias cidades com a proposta de difundir nossa arte. Costumamos ficar uma semana em cada lugar, mas aqui em Araucária decidimos ficar mais porque gostamos da receptividade”, disse um dos integrantes da trupe.
Segundo eles, a rotina de um artista alternativo não é fácil. “Moramos na rua, vivemos da caridade das pessoas e do dinheiro que conseguimos nas apresentações de malabares. A grana que a gente ganha nos semáforos é para podermos sobreviver, comprar comida, um suco, pagar uma passagem, entre outras coisas”, afirmam.
Na trupe Alface do Cão estão os artistas Alexandre Fernandes (o Corvo) 19 anos, Renata Letícia 22 anos, Douglas Lopes 19 anos, Raquel Souza da Silva 19 anos, Rafael Thiago dos Santos 20 anos, Vinicius Barboza de Oliveira (o Punk) 28 anos e Gabriel 22 anos. O grupo já está de partida, mas deixa um agradecimento especial para a população de Araucária. “Gostamos muito desta cidade e das pessoas daqui. Todos nos trataram com respeito. Muito obrigado!”.
Se você quiser conhecer mais sobre o trabalho do grupo poderá acessar a página do Facebook “Trupe Alface Do Cão – Arte Na Missão”.
Texto: Maurenn Bernardo / Fotos: Everson Santos