Embora a Sanepar tenho dito que o rodízio no fornecimento de água em Curitiba e Região Metropolitana seria suspenso até a próxima segunda-feira, 8 de março, muitos bairros de Araucária ficaram sem água nesta quinta e sexta-feira (dias 4 e 5). A companhia de saneamento havia explicado que faria a suspensão, considerando o impacto das chuvas dos últimos dias, que elevaram o nível médio do Sistema de Abastecimento Integrado da capital e região e também porque muitas pessoas estão em casa, devido ao decreto 6.983/2021 do governo do estado, que prioriza o isolamento, para conter a disseminação do novo coronavírus no Paraná.
Com o corte inesperado no abastecimento, muitas pessoas não haviam se prevenido, e acabaram ficando sem água. “É revoltante ver essa falta de respeito da Sanepar com a população. Nem sequer avisaram, assim fica difícil acreditar em rompimentos”, reclamou uma moradora. Outra moradora comentou que a falta de água tem sido recorrente, mesmo quando o bairro não está no rodízio. “Água tem sido um produto raro por aqui, nas poucas vezes que o abastecimento está normal, temos que reservar o máximo possível, pra não acontecer esses imprevistos”, lamentou.
Segundo a Sanepar, o motivo da interrupção foi um rompimento ocorrido na quinta-feira, que acabou prejudicando o abastecimento de água em Araucária. Os bairros afetados foram o Boqueirão, Botiatuva, Cachoeira, Campo Redondo, Capela Velha, Centro, Costeira, Estação, Dona Victoria, Fazenda Velha, Iguaçu, Jardim Plínio, Laranjeiras, Palmital, Passaúna, Sabiá e Vila Nova.
A normalização do abastecimento estava prevista a partir das 6 horas da manhã desta sexta-feira, de forma gradativa. Para os clientes que moram em bairros que não estão na lista e que porventura estejam sem água, a Sanepar orientou que entrem em contato no 0800-200-0115 para registrar a reclamação.
Nível das barragens
Outra reclamação dos araucarienses está relacionada à mudança no índice de 60% como parâmetro mínimo dos reservatórios para suspensão do rodízio, que agora passou para 80%. A companhia explicou que trabalha com o índice de 60% como um parâmetro mínimo de reservação para analisar novos modelos ou a saída do rodízio.
Disse ainda que essa avaliação é diária e considera, além das previsões dos institutos meteorológicos, a evolução das chuvas e a confirmação de um volume de segurança nos reservatórios. O índice de 80% representa o fim da crise hídrica. Historicamente, nos períodos anteriores, quando a empresa operava sem adotar sistemas de rodízio prolongado, a média das barragens sempre esteve acima de 80%.
Texto: Maurenn Bernardo