Apesar de a criação de galinhas em área urbana ser proibida por lei, não é raro encontrar criações dessas aves em algumas residências. A criação é permitida apenas em propriedades localizadas na zona rural do município e que tenham instalações em condições sanitárias adequadas. De acordo com a Divisão de Vigilância Sanitária de Araucária, a criação de galinhas, gansos e outras aves em locais inadequados, como fundos de quintal, podem ocasionar problemas como mau cheiro, moscas, perturbação do sossego, entre outras situações. “O departamento veterinário do CCZ disse que não temos casos de doenças associadas a aves circulando no município e no estado, porém a criação desses animais na área urbana é proibida, conforme consta no artigo 344 do Código de Saúde do Paraná”, observou Vanessa Pontello, coordenadora da Divisão.
Apesar de não ter casos no Município, a Vigilância alerta que algumas doenças estão ligadas a animais que as pessoas costumam criar no próprio quintal, como a leishmaniose, por exemplo. Com a proliferação do inseto, cresce a possibilidade de eles picarem um cão infectado e transmitir a doença ao picar outros animais ou o homem. “Muitos moradores também criam galinhas para o controle dos escorpiões, mas o uso de predadores naturais criados especificamente para esse fim, como no caso das galinhas, é desaconselhável, pois elas têm hábitos diurnos e os escorpiões têm hábitos noturnos”, explica.
Ainda de acordo com Vanessa, as equipes da Vigilância Sanitária realizam o trabalho de fiscalização nesses locais quando há denúncias, mas elas não são frequentes. “Durante a visita, o morador é orientado e caso a determinação não seja cumprida, ele será notificado e pode ser autuado conforme a legislação vigente”, esclarece.
A única exceção para se criar uma única galinha ou outra ave na área urbana, é quando ela é considerada o animal de estimação da casa.
Serviço
As denúncias a respeito da criação de galinhas na área urbana poderão ser registradas através do telefone da Ouvidoria da Saúde: 0800 643 7744.
Texto: Maurenn Bernardo
Publicado na edição 1262 – 20/05/2021