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A primavera chegou, e com ela, as alergias respiratórias

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A primavera está chegando. Apesar de ser a estação mais florida e mais bonita do ano, é temida por muitos, pois sua chegada remete à rinite e a outras inflamações da mucosa nasal. O otorrinolaringologista da Clínica IMA – Instituto de Medicina de Araucária, Dr. Rodrigo Hamerschmidt, lembra que a estação faz aumentar as alergias respiratórias devido à maior concentração de pólen no ar. “Durante este período, as condições climáticas são mais favoráveis para a dispersão do pólen. O ar está mais quente e úmido, o que facilita o transporte do pólen pelos ventos. Isso significa que mesmo pessoas que não estão em áreas próximas a plantações ou jardins podem ser expostas ao pólen transportado pelo ar”, explica.

Ele lembra que na primavera a exposição prolongada ao ar livre aumenta as chances de entrar em contato com o pólen e outros alérgenos presentes no ambiente, desencadeando sintomas de alergia respiratória em indivíduos sensíveis. “Na primavera também ocorrem mais mudanças climáticas, aumento da umidade e proliferação de ácaros e fungos. A poeira domiciliar e os ácaros são agravantes comuns da rinite alérgica, uma condição caracterizada pela inflamação das vias nasais em resposta a alérgenos presentes no ambiente”, ilustra.

Outras alergias

Além da rinite, o especialista afirma que existem outras alergias respiratórias comuns na primavera, que são a asma alérgica e a conjuntivite alérgica. “Temos também a polinose, termo médico utilizado para se referir à alergia ao pólen, também conhecida como febre do feno. É uma reação alérgica que ocorre quando o sistema imunológico reage ao pólen de plantas, desencadeando sintomas como espirros, coceira nos olhos, nariz entupido e irritação na garganta”.

Ele reforça que a umidade do ar abaixo de 50% também agrava o quadro, e a umidade muito alta aumenta mofos e bolores. “Variações de temperatura, muito comuns em Curitiba e Araucária, também acarretam piora da rinite. Outros fatores são a poeira domiciliar, pelos de animais, ácaros. Ambientes com carpetes, bichos de pelúcia, cobertores com pelo, devem ser evitados”.

Gripe ou rinite?

De acordo com o especialista, os sintomas de rinite alérgica podem ser confundidos com gripes e resfriados, pois ambos apresentam espirros, congestão nasal, coriza, prurido nasal e tosse. “Porém as gripes apresentam geralmente um mal estar geral, acompanhado de febre. O resfriado caracteriza-se por um quadro mais brando e de duração de aproximadamente 5 dias. As alergias duram mais”, compara.

Consequências graves

O otorrino salienta que se uma rinite alérgica não for tratada adequadamente, pode levar a várias consequências graves, tais como:

Sinusite crônica: A inflamação persistente nas vias nasais devido à rinite alérgica não tratada pode resultar em infecções recorrentes nos seios da face, levando à sinusite crônica.

Asma: A rinite alérgica não tratada pode desencadear ou agravar os sintomas da asma, uma condição crônica que causa inflamação e estreitamento das vias respiratórias, resultando em dificuldade respiratória.

Distúrbios do sono: A congestão nasal e os sintomas associados à rinite alérgica não tratada podem interferir no sono, causando distúrbios como insônia, apneia do sono e ronco.

Problemas de audição: A obstrução nasal crônica devido à rinite alérgica não tratada pode afetar a drenagem adequada dos seios da face e da tuba auditiva, resultando em problemas de audição e sensação de ouvidos entupidos.

Baixo desempenho escolar ou profissional: Os sintomas persistentes da rinite alérgica não tratada, como fadiga, dificuldade de concentração e irritabilidade, podem afetar negativamente o desempenho acadêmico ou profissional.

Complicações respiratórias: Em casos graves e prolongados de rinite alérgica não tratada, pode ocorrer um estreitamento crônico das vias respiratórias, resultando em dificuldade respiratória persistente e redução da função pulmonar.

“É importante buscar tratamento adequado para a rinite alérgica, a fim de prevenir essas complicações e melhorar a qualidade de vida”, orienta.

Como prevenir 

Há várias formas de prevenir as doenças alérgicas nesse período de primavera. Confira algumas delas:

Identifique e evite alérgenos conhecidos: Se você sabe que é alérgico a certas substâncias, como pólen, poeira ou pelos de animais, procure evitar o contato com eles o máximo possível. Isso pode incluir evitar ambientes externos em dias com alta concentração de alérgenos ou garantir que sua casa esteja livre dessas substâncias.

Mantenha sua casa limpa: Uma casa limpa e livre de poeira e ácaros é essencial para prevenir doenças alérgicas. Limpe regularmente os móveis, pisos e tapetes, utilizando aspirador de pó com filtro HEPA, que ajuda a reduzir a dispersão de partículas alergênicas.

Areje a casa: Permita que o ar fresco circule pela casa abrindo janelas e portas regularmente. Isso ajuda a remover alérgenos presentes no ar e melhora a qualidade do ambiente interno.

Utilize capas antialérgicas para colchões e travesseiros: Capas protetoras especiais podem ajudar a reduzir a exposição aos ácaros presentes em colchões e travesseiros, diminuindo assim os sintomas alérgicos durante o sono.

Evite contato com substâncias irritantes: Produtos químicos fortes, fumaça de cigarro, perfumes intensos e outros irritantes podem desencadear reações alérgicas em algumas pessoas. Evite o contato com essas substâncias sempre que possível.

Mantenha uma higiene pessoal adequada: Lave as mãos regularmente para evitar a propagação de germes e alérgenos. Isso é especialmente importante antes de tocar o rosto ou os olhos, onde as alergias podem se manifestar.

Evite o acúmulo de umidade: A umidade excessiva pode levar ao crescimento de mofo, que é um desencadeador comum de alergias. Certifique-se de manter sua casa seca e bem ventilada, especialmente em áreas propensas à umidade, como banheiros e cozinhas.

Mantenha-se hidratado: Beber bastante água pode ajudar a reduzir a congestão nasal e a irritação das vias respiratórias, diminuindo os sintomas alérgicos.

Tratamentos indicados

Antialérgicos orais: Os antialérgicos orais, como os anti-histamínicos, são frequentemente prescritos para aliviar os sintomas da rinite alérgica. Eles ajudam a reduzir a produção de histamina, substância responsável pelas reações alérgicas, aliviando assim os sintomas como coceira, espirros e coriza.

Corticosteróides nasais: Os corticosteróides nasais são medicamentos em forma de spray que ajudam a reduzir a inflamação nas vias nasais. Eles são eficazes no tratamento da rinite alérgica persistente e podem ser usados por longos períodos sob orientação médica.

Desensibilização ou imunoterapia: A desensibilização, também conhecida como imunoterapia, é um tratamento que visa diminuir a sensibilidade do sistema imunológico aos alérgenos específicos. Consiste na administração gradual e controlada do alérgeno através de injeções ou comprimidos sublinguais, com o objetivo de reduzir os sintomas ao longo do tempo.

Lavagem nasal com solução salina: A lavagem nasal com solução salina é uma prática simples e eficaz para aliviar os sintomas da rinite alérgica. Ajuda a limpar as vias nasais, removendo alérgenos, muco e reduzindo a congestão nasal.

Uso de descongestionantes nasais: Os descongestionantes nasais podem ser indicados para aliviar temporariamente a congestão nasal causada pela rinite alérgica. No entanto, seu uso deve ser limitado a curtos períodos de tempo, pois o uso prolongado pode levar a efeitos colaterais indesejados.

Evitar exposição aos alérgenos: Embora não seja um tratamento em si, evitar a exposição aos alérgenos desencadeantes é uma medida importante para controlar a rinite alérgica.  

Serviço

O otorrinolaringologista Rodrigo Hamerschmidt atende na Clínica IMA – Instituto de Medicina de Araucária. Agende sua consulta pelo fone/whatsapp (41) 3642-3872.

Edição n.º 1382