A renúncia ao diálogo

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A semana tem sido agitada em virtude da renúncia do prefeito Olizandro Ferreira. Em nota à imprensa a decisão é decorrente de problema de saúde. O agravamento da doença “Miastenia Gravis”, descoberta em 2012 e que deverá submetê-lo a um intenso tratamento nos próximos meses.

Comumente, em ano eleitoral o segundo semestre agita a política local. E nesse momento, em vésperas de convenções eleitorais, partidos se alvoraçam pelas coligações e formação das chapas para disputar o comando da Prefeitura e da Câmara.

O prefeito não tentará a reeleição, ao que tudo indica. E nomes como Rui Souza, que assume a Prefeitura com a saída de Olizandro, o atual vereador Paulo Horácio e Hino Dirlei estão cogitados, para suceder o prefeito nessa disputa.
Mas para nós, servidores públicos de Araucária, Olizandro Ferreira já renunciou há muito tempo. A última aparição em mesa de negociação com os servidores ocorreu durante a primeira greve, em 2013. Há três anos, secretários e assessores se revezam para dar respostas negativas e evasivas para as demandas apresentadas pelas categorias.

Muita luta foi feita. Até à porta da casa do Prefeito, os servidores foram buscar respostas. No entanto, notas oficiais, bloqueios de servidores nas redes sociais, montagens de vídeos, jornais institucionais, entrevistas e declarações à imprensa criticando os servidores e os sindicatos foram diversas.

A postura mediadora que se espera de um chefe do Poder Exe­cutivo foi raramente vista. E agora Rui Souza assume a cadeira. Sem muitas expectativas positivas. A legislação eleitoral restringe o prefeito de tomar decisões de maior impacto nesse período. Como modificações legais que causem aumento de despesa.

E a equipe de secretariado, que já parecia não ter afinidade nenhuma entre si, agora então, deve trabalhar para organizar armários, gavetas e fechar o caixa. A Secretária de Educação Janete Schionteck, por exemplo, já mandou recado ao Sindicato que não tem nada para falar com representantes da categoria, por estar “reorganizando a pasta”. O que esperar dos próximos cinco meses? Sinceramente? Nada.

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