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Araucária vai realizar no final deste mês uma conferência para apresentar à comunidade local a proposta de plano de mobilidade que será remetido à Câmara de Vereadores para análise. É uma das últimas etapas de um processo que se iniciou no primeiro semestre de 2016 (talvez até um pouco antes) e que está prestes a se tornar lei.

Uma lei que, assim como a do Plano Diretor aprovada há mais de uma década, norteará a Araucária que teremos ao longo dos próximos anos. Logo, não é preciso ser nenhum um gênio para concluir que estamos falando de uma regulamentação muito importante para a nossa cidade, certo? Sim, certo!

Porém, assim como a lei do Plano Diretor, a do Plano de Mobilidade também foi construída sem uma efetiva participação da comunidade araucariense. Mais uma vez, estamos deixando o futuro de Araucária nas mãos de uns poucos.

A comunidade local, talvez por preguiça, talvez por falta de incentivo, talvez por descrença no poder público, talvez por ter sido sempre alijada do processo decisório, talvez por falta de educação mesmo, simplesmente não atua espaços de controle e participação que lhe são propiciadas. E, por consequência, sempre terceiriza a, sabe-se lá quem, uma responsabilidade que é sua. Ou seja: cuidar de Araucária!

E, como em tudo em nossa vida, aquilo que deixamos de lado, não fica simplesmente deixado de lado. Se não cuidamos, alguém vem e cuida. Mas cuida ao seu jeito! Cuida visando aos seus interesses. Cuida porque existe alguém que mandou cuidar. Não cuida por amor à causa.

E é o que historicamente temos visto em Araucária. Aqui as coisas não têm sido cuidadas pensando no que será melhor à coletividade. Por isso, temos uma cidade confusa, que não atrai investidores, que não sabe onde está e nem para onde vai direito.

Estamos sempre correndo atrás do prejuízo, remendando as coisas. E, o pior, seguimos não aprendendo com nossos erros. E é o que está acontecendo agora com a discussão do plano de mobilidade, que na teoria está pronto, mas que na prática ainda é um unicórnio araucariense. Ou seja, todo mundo comenta que parece que existe, mas ninguém efetivamente o viu.

A conferência do próximo dia 25 será uma das últimas oportunidades de sermos apresentados a esse unicórnio antes de ele ser enviado à Câmara. Será a chance de transformarmos esse ser mitológico num cavalo, animal que todos conhecemos e, o mais importante, que conseguimos entender.
Resumindo tudo isso: não marque nada para o dia 25 de novembro. Vá à Câmara participar da audiência pública para apresentação da proposta de Plano de Mobilidade e deixar claro ao poder público se ele será bom ou não para Araucária!

Comentários são bem vindos em www.opopularpr.com.br. Até uma próxima!

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