Ainda na pré-história os seres humanos aprenderam as várias utilidades de se dominar o fogo, entre elas para a iluminação. A partir de então as tochas de fogo passaram a ser usadas para iluminar caminhos e interiores de habitações, sendo aprimoradas com a invenção das lamparinas e lampiões, que mantinham o fogo aceso através de óleo de baleia e, mais tarde, de querosene. Mas foi a partir da descoberta da produção de energia por eletricidade (através de atrito) produzida a partir de máquinas a vapor, que levou a Europa à Revolução Industrial no século XVIII, que Thomas Edison em 1879 conseguiu produzir iluminação através de corrente elétrica.
Antes dessa tecnologia chegar à Araucária a praça central da cidade era iluminada por lampiões a querosene instalados em postes. Havia até um funcionário da prefeitura cuja função era zelar por esses lampiões. Todos os dias ele andava com uma escada de poste em poste limpando a fuligem, enchendo os lampiões e acendendo-os.
Os lampiões foram substituídos pela luz elétrica quando a serraria de Emílio Voss, em contrato com a prefeitura, passou a fornecer energia produzida por máquina a vapor. Durante o dia a máquina a vapor funcionava para suprir as demandas da serraria e das 19h até as 22h ela movia um gerador de energia elétrica que iluminava as lâmpadas da praça Doutor Vicente Machado.
Depois disso surgiram na cidade algumas usinas de energia que produziam eletricidade através da queima de lenha, uma delas, pertencente a Rodolfo Voss, localizava-se no terreno onde atualmente encontra-se o Arquivo Histórico. Na década de 1930 Romário Fernandes possuía uma usina que posteriormente foi vendida para Pedro Druszcz e depois passou para ngelo Rigollino, que, em 1942, construiu uma nova sede às margens do rio Iguaçu e da estrada para a Lapa, modernizando a produção de energia através de equipamento importado da Alemanha. Esse equipamento chegou de trem à estação de Araucária e, segundo o livro “A Saga de Araucária”, de Romão Wachowicz, precisou de uma carroça puxada por 15 cavalos para ser transportado até Usina Santa Carolina.
Texto: Cristiane Perretto e Luciane Czelusniak Obrzut Ono
Publicado na edição 1134 – 11/10/18