Terezinha Poly: O Morro da Pérola

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Esse lugar do centro de Araucária é conhecido por muitos anos como Morro do Piolho, apesar, de ter sido alterado para Morro da Pérola, sempre será conhecido e reconhecido pelo seu primeiro nome. As ruas deste lado da cidade fazem um conjunto de sobe e desce bastante cansativo, e é justamente essas ruas íngremes que chamam a atenção da piazada para o desafio de carrinho de rolimã.

Por ser um lugar onde sempre se praticou essa brincadeira, no ano de 1984 a Secretaria de Esportes da Prefeitura Municipal tornou oficial a brincadeira que a criançada tão bem conhecem. Para a realização deste campeonato todas as providências foram tomadas, ou seja local de saída e local de chegada, as ruas foram fechadas para o tráfego de veículos e os moradores também colaboraram e não os usavam enquanto durasse a corrida.

As crianças que participaram deste campeonato em 1984, já tinham a habilidade de percorrer as ladeiras do Morro com grande habilidade o que tornava a corrida emocionante e disputada. Uma das coisas que se nota em todos os competidores é que nem um deles usou roupa ou proteção especial, aquelas crianças que brincavam livres há quase 40 anos atrás desconheciam o uso dos paramentos que hoje as crianças usam para sua própria segurança.

Mas, nunca se soube que alguém houvesse se ferido de maneira grave, sempre havia alguém que terminava com os joelhos ou cotovelos ralados, mas com uma grande felicidade de participar de um evento que para muitos pode até parecer uma simples brincadeira, mas os participantes levavam muito a sério esse desafio.

No Morro da Pérola (ou do Piolho) as corridas de carrinhos de rolimã era uma brincadeira comum entre os moradores, por isso durante as corridas as crianças davam aulas sobre como se constrói, domina e faz todo percurso sem correr perigos. A largada era feita na esquina das Ruas Cel. João Antônio Xavier com a Pedro Druszcz onde havia apenas um barranco e uma propriedade particular, atualmente neste local está construída a Lojas Havan e assim chegavam na primeira esquina à esquerda começava a aventura da descida pela Rua Onze de Fevereiro, os fiscais eram posicionados próximo a cada esquina do bairro, mas as laterais das ruas era tomada pela população que vinha acompanhar a corrida.

Com certeza os corredores de rolimã devem lembrar muito bem deste desafio, mas para a maioria dos meninos e meninas que moram no Morro da Pérola não há novidade nem medo, porque as crianças ali, desde a mais tenra idade conhecem bem o bairro onde moram e sabem quando e onde devem brincar, afinal apesar de não termos mais assistido os campeonatos de carrinho de rolimã, sempre haverá a lembrança dos que haviam há 40 anos atrás.

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