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Bolsonaro, o presidente que trabalha a favor da morte

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Esta Coluna é de responsabilidade do Sismmar e não representa necessariamente a opinião do jornal O Popular

O negacionismo do governo federal em relação à pandemia, de forma geral, não é novidade. O que choca é saber que o presidente está assistindo ao colapso do Sistema Único de Saúde (SUS) e a morte de mais de 257 mil brasileiros em decorrência da Covid-19, e, ainda assim, continua com políticas prejudiciais à compra da vacina e um discurso genocida que está matando o povo.

Não há outra explicação para as ações de Jair Bolsonaro. No momento mais crítico da pandemia, quando o país registra recorde de óbitos por Covid-19 dia após dia, o presidente, que deveria ser o maior entusiasta da campanha de vacinação, vem colocando obstáculos institucionais à compra de doses de vacinas desenvolvidas em outros países e reconhecidas por órgãos internacionais respeitados em todo o mundo.

Nesta terça-feira (02), Bolsonaro apresentou cinco vetos ao projeto que facilitaria a compra de vacinas por estados e municípios. O presidente vetou o prazo de 5 dias para a Anvisa liberar emergencialmente as vacinas, além de vetar um parágrafo do projeto de lei que permitia a estados e municípios adotar as medidas necessárias, caso o governo federal e o Ministério da Saúde continuem se mostrando ineficientes.

Porém, de nada adiantou esse veto, pois o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia concedido o poder aos governadores e prefeitos. Isso só evidencia que Bolsonaro está mais preocupado na briga política com estados e municípios, e principalmente com o governador João Doria, do que em resolver a situação da pandemia no país.

Em setembro de 2020, foi anunciada a entrada do Brasil no consórcio Covax Facility, que é ligado à Organização Mundial de Saúde (OMS). No entanto, o presidente só aprovou a medida provisória que permite a adesão do país ao consórcio neste dia 1º de março. Qual o interesse de Bolsonaro em deixar os brasileiros sem doses de vacina? Bolsonaro vem trabalhando pela morte, e não pelo povo.

Desde o início de sua gestão, o que se tem visto é o descaso com a vida. Com a chegada da pandemia, esse descaso é ainda mais evidente. No dia 2 de março de 2021, data em que o Brasil apresentou o maior número de mortos desde o início da pandemia, com 1.726 óbitos em 24h, o presidente, ao invés de se reunir para discutir medidas de controle, participou de um almoço comemorativo no palácio do planalto.

Os políticos que participaram do almoço com direito a banquete com leitão, linguiça, feijão tropeiro e carne moída com quiabo, disseram que Bolsonaro estava “alegre” e “bem descontraído” durante a reunião “informal”. Qual seria o motivo de comemoração do presidente? O Brasil se tornou uma vala a céu aberto, enfrenta o pior momento da pandemia, e Bolsonaro comemora o quê?

Enquanto muitos brasileiros vivem o luto e sofrem para poder comprar o pão de cada dia, já que o empobrecimento só aumenta e o preço dos alimentos está mais alto a cada semana, o presidente ri de barriga cheia e promove aglomeração. Assim, Bolsonaro escreve sua história desastrosa e maquiavélica num dos capítulos mais vergonhosos da história do presidencialismo do país.

Publicado na edição 1251 – 04/03/2021

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