A partir da era industrial do cinema, poucos filmes tendem a ousar na escolha de sua narrativa. Nesta semana de estreias, “Brooklyn – Sem Pai Nem Mãe”, chega como uma grata novidade às telonas. Dirigido, roteirizado e estrelado pelo consagrado ator Edward Norton, o longa aborda temas atuais, como a desigualdade, exploração e preconceito racial, mesmo sendo ambientado na década de 70.
Com um elenco cheio de estrelas, muito provavelmente pela influência das amizades de Norton, o suspense vem sendo altamente elogiado pela crítica por sua alta dose de coragem e primor técnico. Mostrando habilidade, tanto dentro quanto fora de cena, o diretor esbanja estilo e autoconfiança, ousando em planos sequenciais longos e em uma história cheia de reviravoltas.
A adaptação literária desenvolve muito bem o clima noir do cinema dos anos 70, e fazendo uso dos “clássicos” da investigação, o longa investe pesado na história do detetive e da “mulher fatal”. Ainda que possua algumas arestas e sofra com a vaidade do diretor, o filme tem méritos indiscutíveis, como figurinos, trilha sonora e ambientação. Para quem gosta de se aventurar em obras cinematográficas mais ousadas e diferentes das mais comuns do circuito, “Brooklyn – Sem Pai Nem Mãe” é uma ótima opção.
Leia a sinopse
Nova York, anos 1950. Lionel Essrog (Edward Norton) é um solitário detetive particular com síndrome de Tourette, o que faz com que volta e meia não tenha controle sobre o que diz. No momento ele está investigando o assassinato de seu amigo e mentor, Frank Minna (Bruce Willis), mas tem poucas pistas sobre o que aconteceu. Obsessivo, Lionel passa a percorrer vários trechos da cidade em busca de respostas, até encontrar um caminho através da especulação imobiliária em vizinhanças, resididas em sua maioria por pobres e negros.
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