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Cada um fazendo sua parte

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Dia desses um canal de televisão mostrou uma reportagem sobre a capital de um país da Europa. Embora houvesse uma arborização exuberante com jardins floridos para todos os lados que se olhasse, não havia sequer uma folha no chão. As calçadas, bancos, luminárias públicas, tudo em harmonia, limpeza e uma absurda organização.

Incomoda assistir a isso e depois voltar ao mundo real, isto é, sair às ruas de nossa querida Araucária. Tudo bem que é preciso dar um desconto de não estarmos na Europa, onde as cidades são antiquíssimas e parece que já nos séculos passados havia planejamento. Por outro lado, comparada com muitos municípios, Araucária está bem à frente.

Mas quem aqui vive tem o sentimento de que poderia estar muito melhor. Principalmente considerando o quanto arrecada. Temos uma crônica falta de planejamento que já vem de muitos anos, principalmente no aspecto urbano, e que tem deixado certas situações que atrasam o desenvolvimento da cidade prosperem.

Veja o caso de algumas obras que estão em lugares estratégicos e parecem que não acabam nunca (veja reportagem na página seis desta edição). Algumas estão paradas há anos. Nestes lugares já deveriam estar funcionando lojas ou empresas que iriam gerar mais empregos, oportunidades de negócios, mais opções de compras para a população em geral. Similarmente, existem grandes vazios urbanos, áreas que estão paradas no meio de bairros populosos onde o proprietário não faz nada. Nem loteia para vender, nem constrói algo. Se na primeira situação o empreendedor não se planejou direito ou algo não deu certo no meio do caminho, no caso dos terrenos a intenção da especulação é clara.

Mesmo sendo propriedades particulares, tanto nas construções paradas, quanto nas áreas de especulação imobiliária, o município não tem uma legislação específica que imponha algum tipo de penalidade para esses imóveis que empatam a evolução de uma região ou mesmo da cidade como um todo.

Multas, IPTU progressivo e outros mecanismos estão sendo discutidos há muito tempo, não foram colocados em prática ainda. Quando em vigor, farão toda diferença. Tudo isso deverá entrar na pauta da revisão no nosso Plano Diretor, que está à caminho.

Para termos uma cidade cada vez melhor, e parecida com aquelas que vemos na televisão, devemos fazer o que aquelas pessoas fazem, mas que nem sempre costuma sair nas reportagens: participar da discussão sobre seu futuro e entender que é preciso assumir a responsabilidade de fazer sua parte. Pense nisso e boa leitura.