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Coluna SMED: Migrar é um derecho humano

Imagem de destaque - Coluna SMED: Migrar é um derecho humano
Foto: Divulgação
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Migrar é parte da condição humana. O povoamento dos continentes é uma história de migração. As primeiras diásporas humanas foram em busca de novas regiões habitáveis e melhores condições de vida. Da mesma forma, Araucária, ao longo de sua história, já recebeu imigrantes poloneses, ucranianos e japoneses, motivados por crises socioeconômicas no pós-guerras.

Atualmente temos recebido migrações paraguaias, cubanas, peruanas, colombianas e bolivianas, de pessoas que chegam fugindo de desastres naturais em seu país, como os haitianos, ou devido a crises socioeconômicas, como o expressivo grupo de pessoas venezuelanas.

Como vemos, a cultura venezuelana está se fazendo presente em maior parte em Araucária. Pelas ruas, é possível ouvir espanhol dos novos residentes; nas escolas, o acolhimento dos nossos estudantes hispanohablantes considera sua cultura, língua e costumes; a culinária venezuelana vai se mostrando pela cidade, ainda que de maneira tímida; como também no comércio, onde podemos ter contato com essas pessoas.

Também vemos esse movimento acontecer na inter-relação entre as Secretarias Municipais de Assistência Social, de Trabalho e Emprego, de Saúde e da Educação, que acolhem e direcionam as famílias para questões de documentação, orientação, saúde, educação e trabalho.

Nos CMEIs e escolas do município, professoras e equipes pedagógicas fazem um importante trabalho de acolhimento e inserção da língua portuguesa. Atualmente temos 377 matrículas de crianças e estudantes imigrantes, entre educação infantil e ensino fundamental.

E, assim, estamos vivendo uma nova onda migratória. A partir disso, que reflexões podemos fazer? O que estamos aprendendo com eles? O que temos a oferecer?

Nosso papel como cidadão em todo esse contexto é acolher e respeitar essa diversidade que agora faz parte do nosso cotidiano. Dessa maneira, podemos fazer a nossa parte na interculturalidade, ou seja: falar com eles de forma mais lenta, ter paciência para se fazer entender e explicar o significado das palavras e objetos que por vezes muda de sentido na língua portuguesa.

Com cada um fazendo a sua parte, nossa cultura se amplia e o intercâmbio cultural se torna mais interessante e construtivo. Como dizem os venezuelanos: ¡Que chévere!

Edição n.º 1421