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Coluna SMED: O uso de telas na primeira infância

Imagem de destaque - Coluna SMED: O uso de telas na primeira infância
Foto: Divulgação
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Com o crescente avanço da tecnologia é comum que as crianças tenham o contato com algum tipo de tela antes mesmo do primeiro ano de vida. Mas você sabe quais são as influências que esses recursos podem ter na vida de seus filhos? Vamos conversar um pouco sobre esta temática que é de extrema importância para que as nossas crianças tenham um desenvolvimento saudável.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que crianças até os 2 anos de idade não tenham contato com telas, de nenhum tipo (celular, tablet, televisão e computadores em geral). Dos 2 aos 5 anos de idade, o uso deve ser no máximo de uma hora por dia e entre 6 e 10 anos de até duas horas, sempre com a supervisão de um adulto.

Diante das mudanças decorrentes do mundo moderno, como a transformações dos espaços das cidades, poucos espaços adequados de lazer, bem como o aumento da violência urbana, somada à rotina frenética que se faz presente no dia a dia das famílias, percebemos que muitos hábitos têm mudado. As brincadeiras que outrora eram ao ar livre, muitas vezes na rua, em interação com outras crianças, têm dado lugar a ambientes fechados e frequentemente a interação ocorre apenas com equipamentos eletrônicos.

Essa realidade vivenciada por muitas crianças prejudica o seu desenvolvimento, e estudos têm demonstrado como o uso de telas podem alterar o sistema neurológico e interferir na formação integral. A fase de 0 a 6 anos é a idade em que as crianças estão em pleno crescimento e maturação, e é na interação, com as pessoas e o meio, que elas ampliam suas capacidades de habilidades físicas, cognitivas, emocionais e sociais. Sendo assim, se não forem oferecidas oportunidades potentes que contribuam para esse desenvolvimento, constataremos efeitos danosos em vários aspectos da saúde das crianças: desregulação do sono, problemas emocionais (depressão, ansiedade e agressividade), prejuízo ao desenvolvimento do cérebro (atrasos cognitivos e de linguagem) e aumento da obesidade infantil.

A Sociedade Brasileira de Pediatria considera que a vida ao ar livre é um dos melhores antídotos contra a intoxicação digital que ameaça as crianças e adolescentes, pois são ricas em oportunidades para o desenvolvimento das habilidades motoras e envolvem o corpo para explorar o ambiente.

Seguem mais algumas dicas para diminuir o uso dos equipamentos eletrônicos pelas crianças:

  • Limitar o tempo e o conteúdo para o uso das tecnologias, criando combinados com as crianças, como não utilizar antes de dormir e durante as refeições;
  • Brincar com jogos de tabuleiro;
  • Proporcionar momentos de leitura;
  • Realizar pinturas, recorte, colagens, etc.;
  • Fazer receitas culinárias;
  • Brincar dentro e fora de casa;
  • Praticar atividades físicas.

Zelar pela integralidade das crianças é responsabilidade de todos nós, por isso tanto famílias quanto unidades educacionais precisam ter uma postura consciente e promover ações que garantam os direitos de aprendizagem e desenvolvimento dos bebês e crianças.