Dia desses, numa rede social, recebi uma mensagem de um velho conhecido, daqueles que a gente já tem a impressão de conhecer desde sempre, mas que efetivamente não nos recordamos direito em qual foi o momento da vida que o seu caminho cruzou com o dele.
Educado, ele me cumprimentou e avisou que está comigo nessa nova caminhada! Como ele sempre foi uma pessoa de bem, já respondi com um agradecimento! Afinal, sempre é bom saber que há pessoas dispostas a estar com a gente em novas caminhadas, mesmo que você não saiba que nova caminhada seja essa.
Agradecimento feito, perguntei – só por curiosidade – que nova caminhada seria essa em que ele iria me acompanhar. “A candidatura!”, respondeu. “Hum…”, acrescentei. Foi então que ele me explicou que ouvira dizer que eu seria candidato a deputado nas eleições deste ano e voltar a enfatizar que eu tinha o apoio dele e de sua família e, que inclusive, possuía conhecidos no Norte do Paraná que também poderiam me ajudar.
Antes que a conversa ficasse mais séria e eu pudesse ser acusado de campanha extemporânea mesmo sem saber que seria candidato a algo, já tratei de esclarecer que não era minha intenção ser candidato a nenhum cargo eletivo nas eleições deste ano. Ele então me explicou que havia ouvido essa história numa postagem qualquer do Facebook e até recebido uma espécie de santinho com meu nome pelo Whatsapp.
De novo, enfatizei que a história não tem sentido algum e que o boato tenha sido fruto, muito possivelmente, de uma mente vazia, cuja principal ocupação no momento é criar factoides sobre outras pessoas, talvez até porque, a sua própria vida é indigna de fatos que mereçam alguma atenção, seja ela da tartaruga da família.
Esclarecido o caso, ressaltei – porém – que ficava muito feliz com o apoio declarado por meu velho conhecido e garanti que – na eventualidade de um dia – decidir ser candidato a algo – ele seria uma dos primeiros a saber. Afinal, considerando a ojeriza que as pessoas têm de política e de políticos no momento atual de nosso país, é extremamente gratificante saber que alguém que há muito tempo você não via manifesta apoio espontâneo a uma eventual candidatura sua a um cargo público, ressaltando que a cidade precisa de gestores e legisladores que pensem um pouco fora da caixinha, que não façam da política um trampolim para ambições pessoais.
Por fim, por acreditar que todo cidadão de bem deve sempre ter em seu horizonte a possibilidade de dedicar parte de seu tempo à sua cidade e que, numa democracia, uma das maneiras mais efetivas de se fazer isso é se submeter ao sufrágio universal, encerrei a conversa com pedido: conto com o seu voto!
Comentários são bem vindos em www.opopularpr.com.br. Até uma próxima!
Publicado na edição 1099 – 09/02/2018