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Corpo de Bombeiros explica sobre como evitar incêndios e o que fazer caso ocorram

Imagem de destaque - Corpo de Bombeiros explica sobre como evitar incêndios e o que fazer caso ocorram
Foto: Divulgação
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Imagem de destaque - [PREFEITURA] CAMPANHA AGASALHO

Esta época do ano é comum o aumento nos casos de incêndios, que são provocados por diversos motivos, principalmente pelo clima mais seco. Por isso, é essencial que a população redobre a atenção e evite situações que envolvam lidar com fogo, para evitar queimaduras. Lembrando que a data de 06 de junho foi estipulada como Dia Nacional de Luta Contra Queimaduras, cujo foco é conscientizar a população sobre os cuidados e prevenção.

Um dos motivos que contribuem para o aumento de casos é a soltura de balões, uma prática que costuma ganhar força em época de festas juninas. Nos últimos anos temos visto um aumento de ocorrências envolvendo balões, seja caindo em casas ou comércios e plantações. Só em 2024, o estado do Paraná já registrou 20 ocorrências envolvendo quedas de balões.

Além de colocar em risco a vida de seres humanos e animais, que podem ser atingidos pela estrutura e até mesmo sofrer queimaduras graves, existe o risco de o balão cair em redes e linhas elétricas, podendo causar explosões e provocar grandes incêndios. Outro perigo é o artefato cair em áreas florestais e também causar incêndios de grandes proporções.

Importante ressaltar que soltar balões é um crime ambiental, previsto na Lei nº 9.605/98. A pessoa que for flagrada fabricando, vendendo, transportando ou soltando balões pode ser condenada a pagamento de multa ou pena de 1 a 3 anos de prisão.

Fogueira de São João

Ainda dentro das festividades juninas e julinas, estão as fogueiras. Dependendo do local do evento, o tamanho da estrutura pode ultrapassar alguns metros. Fora o risco da queda no processo de construção, também existe o risco de queimaduras graves, dependendo de quão perto a pessoa ficar do fogo. Sem contar as chances de o fogo se alastrar rapidamente e sair do controle, caso o local onde a fogueira tenha sido construída não apresente uma estrutura adequada.

Diante de todos esses perigos, o Corpo de Bombeiros de Araucária faz um alerta à população, ressaltando que as estruturas devem ser construídas em áreas livres de vegetação, raízes e longe de residências. Também destaca o risco de acender a fogueira utilizando gasolina ou álcool, já que o combustível pode se alastrar muito rápido. “A recomendação é usar lenhas finas, gravetos, palhas e um chumaço de papel embebido em óleo de cozinha para gerar a faísca do fogo. A fogueira também não deve ser construída em área de preservação ambiental, que além de configurar crime, pode ocasionar um grande incêndio”, orientam os bombeiros.

Incêndio florestal

O tempo seco favorece ainda as ocorrências de incêndio florestal. Apenas no mês de junho (até a presente data), Araucária registrou 3 incêndios, mas nada comparado a Curitiba, que teve 40 casos registrados só neste mês. Citando também Fazenda Rio Grande e São José dos Pinhais, que registraram 9 e 23 casos, respectivamente.

“Um a cada dez incêndios florestais são provocados por ação humana. Não que seja a intenção da pessoa, mas o próprio conceito de incêndio já fala que é o fogo que perdeu controle. Então, a pessoa vai fazer a limpeza do seu terreno, da sua chácara, vai cortar grama e ao invés de guardar em sacolas plásticas ou sacos de lixo para descartar de forma correta, ela opta por colocar fogo. E esse incêndio sair do seu controle, avançando para o terreno do vizinho”, explica o capitão Bruno de Matos, da unidade dos bombeiros do bairro Thomaz Coelho.

O capitão também explica que uma operação conjunta com outros órgãos será realizada de julho a outubro, no Paraná, focando tanto na prevenção, quanto o próprio combate ao incêndio florestal. “Nossas guarnições serão complementadas, nós teremos viaturas 4X4 para conseguirmos acessar locais difíceis, de modo que possamos dar o melhor atendimento possível a esse tipo de ocorrência”, explana.

Os danos não são apenas materiais ou envolvendo riscos de vida, os incêndios florestais também afetam o meio ambiente. “Temos informações de que nesse ano, o número de casos já superou o número de ocorrências atendidas durante todo o ano de 2022. E nem iniciamos a fase mais severa de atendimento. O que a gente indica, quando fizer a roçada e tiver um acúmulo de material vegetal, guarde da melhor maneira em sacolas, e realize o contato com órgãos ambientais para se certificar qual a melhor forma de descarte, a queima nunca é uma opção”, orienta o capitão.

Ele também explica sobre os incêndios que ocorrem na beira das rodovias, muitos gerados a partir de bitucas de cigarros jogadas por motoristas. Essas queimadas não prejudicam apenas o meio ambiente, mas também podem acabar afetando os animais que vivem na região e atrapalhando a visibilidade dos próprios motoristas, provocando, em alguns casos, graves acidentes de trânsito.  

Incêndio residencial

No inverno as pessoas tem o costume de acender um fogão a lenha, ou até mesmo seus aquecedores. Porém, é preciso redobrar a atenção nesses casos, para evitar o risco de ocasionar um incêndio residencial e o fogo se espalhar para as casas vizinhas. “O aspecto estrutural da casa colabora com a propagação do incêndio e é importante ainda que as pessoas fiquem atentas às condições da fiação elétrica de suas casas, para evitar problemas”, relata o capitão.

O que fazer?

O capitão Bruno explica que ao se deparar com um incêndio, o cidadão deve acionar o 193 e passar o endereço com o maior número de detalhes possíveis. “Se é uma localidade rural, nós temos maior dificuldade de acesso. Deve-se passar todas as informações possíveis para que o Corpo de Bombeiros chegue o mais rápido possível. E também, passar a real necessidade do apoio, se o incêndio ainda está no início e quais locais as chamas estão atingindo. Assim, a nossa central de operações poderá dimensionar o apoio correto, se será preciso enviar um veículo menor ou o caminhão tanque e ainda se será preciso acionar outros órgãos de apoio. E em casos de queimaduras, deve-se procurar atendimento médico o mais rápido possível. Contudo, a prevenção sempre é o melhor remédio”, orienta.

Victoria Malinowski