Na tarde de 16 de julho de 2000, as pessoas acompanhavam assustadas as notícias sobre um vazamento de petróleo de proporções gigantescas em um duto ligado à Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária. No total, quatro milhões de litros de óleo cru foram derramados do Oleoduto Santa Catarina – Paraná e contaminaram a bacia do Arroio Saldanha e os rios Barigui e Iguaçu.

O derramamento, silencioso e sem alerta, foi considerado o maior vazamento de petróleo em território continental já ocorrido no Brasil. Até hoje não foi possível quantificar com exatidão as vítimas e as consequências do desastre, seja na fauNa, flora ou nos humanos.

Curta metragem “O Vazamento” terá exibição pelos canais do Jornal O Popular
O derramamento de óleo no Rio Iguaçu irá completar 25 anos em julho deste ano.

A tragédia, que está prestes a completar 25 anos, foi tema do curta-metragem “O Vazamento”, produzido pela Happy End, com recursos da Lei Paulo Gustavo. O documentário tem roteiro e direção de Antonio Franceschi, com produção de Liz Baja, e foi lançado em novembro de 2024. Em breve, será disponibilizado ao público através dos canais do Jornal O Popular (YouTube e Facebook).

“A ideia de fazer esse documentário sobre o vazamento é para lembrar as pessoas que isso ocorreu há 25 anos, e que somente no ano passado saiu o acordo da Petrobras para pagamento de uma quantia bilionária. Infelizmente, só uma pequena parte desse bilhão ficará em Araucária, que foi de fato a única cidade atingida pelo vazamento”, conta Preto.

Ele aponta que foi a divulgação desse acordo que acendeu a centelha para a produção do filme. “São poucos os moradores de Araucária que lembram, porque foi um desastre silencioso. Quando começamos a fazer as pesquisas e conversar com as pessoas, notamos isso. Então, a ideia foi reascender essa discussão para que esse acordo bilionário, esse recurso, pudesse ser utilizado, por exemplo, para a despoluição da cabeceira do Rio Iguaçu, que é a parte mais poluída”, observa Preto.

Edição n.º 1464.