Apesar dos casos graves de gripe seguirem em alta no país e o Paraná estar entre os 12 estados que apresentam incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em nível de alerta, Araucária não segue o mesmo quadro. De acordo com o Departamento de Vigilância em Saúde, até o momento não houve registro de surto de gripe no Município.

As equipes de saúde estão atentas e monitoram os casos mais graves de gripe, que precisam de internação, as chamadas SRAGs.

São casos que podem começar como uma gripe comum, mas acabam afetando mais os pulmões, dificultando a respiração. Isso pode acontecer por diferentes vírus, como o da gripe (Influenza A e B), o vírus sincicial respiratório (VSR) e o coronavírus (Covid-19), entre outros.

“Neste ano, entre as pessoas internadas (jovens, adultos e idosos), a principal causa tem sido a gripe provocada pelo vírus H1N1. Já entre as crianças pequenas, o principal causador tem sido o vírus sincicial respiratório (VSR)”, explica o Departamento.

Dados do SIVEP-Gripe mostram que, no ano de 2025, entre as semanas epidemiológicas 01 a 26 (de 29/12/2024 a 28/06/2025), foram notificados 253 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Araucária. Desses, 188 ocorreram em crianças menores de 12 anos de idade e 60 em pessoas com 60 anos ou mais, representando, juntos, 85% dos casos de internação por SRAG. Quando comparado ao mesmo período do ano anterior, observa-se uma redução de 48% no número de notificações.

Ainda conforma o Departamento de Vigilância em Saúde, foram realizadas coletas de amostra para pesquisa Painel de Vírus Respiratórios nos pacientes notificados com SRAG, das quais 48,6% apresentaram resultado detectável para algum vírus respiratório, sendo que, entre os menores de 12 anos, a positividade para o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) foi de 69,1%. Até o momento, em 2025 foram reportados 10 óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave em Araucária.

H1N1

A H1N1 é um dos vírus que causam a gripe. Os sintomas costumam ser semelhantes aos de outras gripes: febre, dor no corpo, tosse, dor de garganta, cansaço. O que pode tornar a infecção mais grave são as condições de saúde da pessoa. Crianças pequenas, idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas ou com baixa imunidade têm mais risco de complicações.

A transmissão do vírus acontece principalmente por gotículas no ar, quando a pessoa fala, tosse ou espirra, ou pelo contato com superfícies contaminadas.

As formas mais eficazes de prevenção são:

  • Usar máscara ao apresentar sintomas gripais;
  • Lavar bem as mãos com água e sabão ou usar álcool 70%;
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes;
  • Manter os ambientes ventilados.
    E o mais importante, tomar a vacina da gripe todos os anos, principalmente os grupos de maior risco, como crianças, idosos e pessoas com comorbidades. “A vacinação continua sendo uma das principais formas de evitar internações por gripe, reforça a Saúde.

Edição n.º 1472.