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Estudante do Colégio Marilze doa para a biblioteca um livro que ele mesmo escreveu

Estudante do Colégio Marilze doa para a biblioteca um livro que ele mesmo escreveu

Era uma vez um menino apaixonado por leitura, que queria viver dos livros e entre os livros. Parece uma história em quadrinhos? Mas não é! Esta é a história real que tem como protagonista o estudante do 6º ano do Colégio Estadual Marilze da Luz Brand, Caio Henzo do Nascimento Lino, de 11 anos. Ele gosta tanto de literatura que até já escreveu um livro: “Look, o menino astronauta” e recentemente doou um exemplar para a biblioteca da escola, na intenção de que seus colegas tenham acesso à publicação.

“O Caio sempre gostou de escrever e quando morávamos na cidade de Paragominas, no estado do Pará, ele participou de um projeto da Escola do SESI e foi onde escreveu o livro, que conta a história de um menino curioso, que queria descobrir a causa de umas estrelas brilharem mais que as outras. Nessa época ele tinha 8 anos e meu marido o ajudou na produção do livro, o qual acabou sendo editado e teve alguns exemplares impressos através do projeto”, relata a mãe Cleudiane Lino.

A família do estudante se mudou para Araucária a pouco mais de 3 anos e Caio já é um frequentador assíduo da biblioteca da escola. Gosta de ler sobre literatura em geral e sempre faz empréstimos de livros. “Sempre gostei de ler e escrever por um bom motivo, expressar meus sentimentos. Hoje sou muito fixado nisso, acho a leitura muito interessante. Também gosto muito de ler histórias em quadrinhos e acho que um pouco dessa minha paixão pelos livros foi porque me espelhei no meu pai, ele sempre me diz que para ter sucesso nos estudos é preciso ter uma boa leitura. Meu pai me incentivou a escrever o livro e eu pretendo escrever outros no futuro”, conta Caio.

Inspiração

O estudante descreve que a ideia do livro surgiu por experiências vividas na escola que ele frequentou no Pará. Relata que quando divulgaram o projeto, onde cada estudante poderia escrever um livro, não pensou duas vezes. “Agarrei a oportunidade e ao chegar em casa, com os papéis do roteiro do livro, entreguei pro meu pai e pedi ajuda a ele. As palavras do livro são minhas, mas com apoio do meu pai. Quanto à inspiração para o tema, veio após perceber que na escola alguns colegas se isolavam dos outros. Eles ficavam distantes, não brincavam no recreio, não interagiam com as pessoas. E eu ficava pensando: por que esses colegas não brincavam e nem interagiam?”, relembra.

Caio prosseguiu com a ideia de descobrir o motivo do isolamento dos amigos. Disse que certo dia estava em casa e foi olhar as estrelas, porque lá onde morava, em Paragominas, próximo a Belém, era possível ter uma ótima visão do céu. “Percebi que umas estrelas brilhavam menos e outras brilhavam mais, e pensei que isso poderia ser igual aos meus coleguinhas. Quando a gente se aproxima deles, percebe que eles têm um brilho, bastante brilho, a gente só precisa dar um pouco de atenção a eles. Todos tem grande bondade no coração. E foi assim que surgiu o meu livro, eu só quis ajudar as pessoas a expressarem seus sentimentos. Também entendi que na maioria das vezes o distanciamento era porque meus colegas sofriam bulliyng”, descreveu Caio.

Além de gostar de ler e escrever, Caio faz aulas de violão e de canto e se apresenta na igreja que frequenta. “Na escola sou bom aluno, consigo tirar notas muito boas. Na semana passada, por exemplo, tirei um 100 em inglês e fiquei muito feliz. Atualmente é muito difícil eu me distanciar dos estudos e da leitura, porque eu gosto muito e acho importante para que eu consiga realizar meu sonho e ter um futuro melhor”.

Edição n. 1358

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