As hepatites virais são um dos grandes perigos para a população em geral. Por serem doenças silenciosas, muitas pessoas não sabem que estão infectadas, o que dificulta o controle e favorece a propagação. O doutor Gabriel Takahara Silva, médico clínico e infectologista da Clínica São Vicente, aborda os riscos e como prevenir a doença, tema bastante importante, principalmente em referência ao Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais: 28 de julho.

Segundo o especialista, as hepatites virais são inflamações do fígado causadas por diferentes tipos de vírus, e que dividem-se os subtipos A, B, C, D e E. “No Brasil, as mais comuns e preocupantes são as hepatites A, B e C, sendo que as duas últimas podem se tornar crônicas e evoluir para cirrose, ou câncer de fígado, se não forem detectadas e tratadas precocemente”, explica.

O médico também faz um alerta para que a população realize exames de rotina, já que é dessa forma que muitos pacientes descobrem que têm hepatite, caso contrário, ficam sabendo apenas quando apresentam complicações da doença. Essa condição é perigosamente silenciosa, e os sintomas podem demorar anos para se manifestar. “Por isso, a testagem é essencial, especialmente para quem tem mais de 40 anos ou passou por procedimentos de risco, como transfusões antigas ou uso de materiais perfurocortantes sem esterilização adequada”, destaca.

Hepatite viral representa grande risco à população por ser uma doença silenciosa
Dr. Gabriel reforça que o diagnóstico precoce é indispensável para a cura.

Apesar de a doença ser assintomática na maioria dos casos, em algumas pessoas os sintomas podem aparecer em forma de cansaço excessivo; pele e olhos amarelados (icterícia); urina escura; fezes claras; e dor abdominal.

TIPOS DE HEPATITE

De acordo com o doutor Gabriel, os sintomas da hepatite A costumam ser mais graves em adultos do que em crianças. Esse subtipo está diretamente relacionado ao consumo de água ou alimentos contaminados, e tem chances de progredir para hepatite fulminante, que exige um transplante hepático de urgência. Além de cuidados com a higiene e saneamento, a vacina também é um meio para a prevenção da doença.

A hepatite B também pode ser prevenida com vacina, disponível pela rede pública. Esse subtipo é transmitido pelo contato direto com sangue ou através de relação sexual. “O Brasil oferece a vacina contra hepatite B desde 1998, incluída no calendário infantil. Mas é fundamental que adultos que não foram vacinados busquem a unidade de saúde e atualizem a caderneta”, reforça o médico.

A hepatite C não possui tratamento com vacina, mas os atuais tratamentos se mostraram eficazes na cura. O doutor Gabriel afirma que, atualmente, a doença tem taxas de cura acima de 95% com o uso de antivirais de ação direta. O grande desafio é diagnosticar o paciente antes que o fígado seja afetado de uma forma irreversível.

SERVIÇO

O clínico e infectologista Gabriel Takahara Silva atua com o CRM 47577 e CBO 225125 na Clínica São Vicente, que está localizada na Rua São Vicente de Paulo, n.º 250, no Centro. O telefone para contato (físico e WhatsApp) é (41) 3552-4000.

Edição n.º 1476. Victória Malinowski.