Termos clareza da nossa vocação é um passo importante para que a vida tenha sentido e nossas ações sejam assertivas. Se estamos no lugar certo, na hora certa, na circunstância certa, podemos viver intensamente a vocação – o chamado, a missão – e assim contribuir com o bem-estar pessoal, familiar, institucional, social e planetário.

A Igreja Católica apresenta-nos quatro vocações: matrimônio, sacerdócio, vida religiosa consagrada, laicato. Todas as vocações são importantes e necessárias. Embora apresentem especificidades próprias, todas recebem a missão de anunciar o Reino de Deus, por meio de muitos caminhos e serviços que concretizam o amor de Deus à humanidade.

No mês de agosto, a Igreja Católica celebra as vocações nesta ordem:

No primeiro domingo, destaca-se a Vocação Sacerdotal. No segundo domingo, a Vocação Matrimonial.

No terceiro domingo, a Vocação à Vida Religiosa Consagrada. No quarto domingo, a Vocação Laical.

Mas, em termos gerais, o conceito de vocação ultrapassa os parâmetros cristãos e católicos. Vocação refere-se a um chamado do coração, aptidão, dom que uma pessoa recebe para uma profissão, uma arte, uma escolha de vida. Nesse sentido, uma pessoa pode ter mais de uma vocação. Alguém pode ser feliz como sacerdote e ao mesmo tempo se realizar como músico. E pode integrar as duas vocações, potencializar a vocação sacerdotal por meio da música. Da mesma forma, uma mulher pode ser muito feliz com a vocação de ser mãe e também muito feliz como professora. Quando as vocações se complementam, as pessoas são mais completas e mais felizes, e todos se beneficiam dessa harmonia: a própria pessoa, a família, a instituição, a sociedade, o Planeta.

Perante Deus, todas as vocações são chamadas ao amor. O nosso chamado primeiro e principal é expressarmos a nossa divindade, a nossa capacidade de amar. É o amor que nos define como filhos e filhas de Deus. Sem o amor, nenhuma vocação é bela, nenhuma vocação é digna, nenhuma vocação merece o nosso tempo e as nossas energias. A vocação é um meio de amar melhor!

*Irmão Marista que deixa sua marca sempre entre nós.

Edição n.º 1478.