Lembranças de fatos que tecem a vida

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Em 1981, cinco decretos municipais embasados em leis estaduais, declararam como constituintes do Patrimônio Histórico do Município: as Pontes Metálicas, a Casa da Cultura, a árvore Carvalho, a Capela de São Miguel e também a edificação da Antiga Usina Termoelétrica do Município. Para todos os decretos foram arroladas memórias destacando a devida importância de cada um como referência histórica para o município. Entre tantas narrativas destacamos hoje, uma no mínimo curiosa, relacionada ao Prédio da Antiga Usina Termoelétrica, que compõe nosso acervo de documentos e que na época foi realizada pela Divisão de Cultura:

“(…)Segundo o Sr. Odorico Franco Ferreira, então Prefeito do Município (…), na Avenida Victor do Amaral, em um prédio antigo, havia em pleno funcionamento uma usina geradora de energia e que pertencia ao Sr. Romário Fernandes.

(…)Por volta de 1941, o prédio de propriedade do Sr. Romário Fernandes, foi vendido ao Senhor Pedro Druszcz que por sua vez vendeu-o ao Senhor ngelo Rigollino.

Em 1942, o Sr. ngelo Rigollino, mandou construir uma nova edificação, em local por ele escolhido (…), nas proximidades do Rio Iguaçu.
Isto feito, o Sr. ngelo Rigollino, mandou importar da Alemanha uma nova máquina a vapor que quando chegada ao Brasil seria transportada para o novo prédio. (…)A enorme máquina a vapor chegou da Alemanha, sendo desembarcada no Porto de Paranaguá e despachada para Araucária por via férrea.

Para o transporte da máquina geradora, o Sr. ngelo Rigollino, mandou construir uma carroça especial, muito grande e que foi (…) controlada pelo Sr. Avelino Bonetto.

Ao desembarcar na antiga estação ferroviária de Araucária, hoje desativada, no bairro do mesmo nome(…),a população local entusiasmada acompanhou de perto todo o percurso feito pela carroça, bravamente dirigida pelas estradas de terra, passando por trechos de lama e enfrentando a subida da Praça Dr. Vicente Machado,(…)

Enriquece ainda o seu depoimento (Odorico Franco Ferreira), ao mencionar um fato hilariante, quando descreve que o Sr. ngelo Rigollino, para abrigar a máquina no interior do prédio, encontrou dificuldades, pois o construtor ao fazer as portas, fê-las em dimensões menores ao tamanho da máquina.

Em 1964, o Estado do Paraná, encampou as instalações, (…) para logo em seguida, desativar a Usina, em face da vinda de recursos trazidos pela Copel com a instalação da rede de energia elétrica.(…)”

Texto: Cristiane Perretto e Luciane Czelusniak Obrzut Ono

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